SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O ambientalista Sidney de Oliveira Silva, conhecido como Neném, foi morto a tiros na manhã de sábado (15) em Formoso do Araguaia, no Tocantins.
Ele foi assassinado na porta de casa. Sidney estava do lado de fora checando a água e o óleo do carro quando foi baleado por um tiro de espingarda, informou a Secretaria de Segurança Pública.
Um vizinho contou a polícia que viu um motociclista parado na esquina nas primeiras horas da manhã. A polícia suspeita que o tiro partiu de um imóvel abandonado em frente à residência de Sidney.
Irmã de Sidney encontrou o irmão caído após ouvir o barulho de duas explosões. Ela chamou a polícia, mas ele morreu antes da chegada do resgate.
Sidney foi morto antes de começar os trabalhos de combate aos incêndios no Tocantins, informou o Ibama. “A sua contratação temporária para atuar nos incêndios nesse ano de 2024 estava sendo realizada pelo Instituto”.
A polícia diz que fez um patrulhamento nas imediações para tentar identificar e prender o suspeito, mas ele não foi localizado. O caso está sendo investigado pela 84ª Delegacia de Polícia de Formoso do Araguaia.
IBAMA LAMENTA MORTE
O Ibama se solidarizou com a morte do brigadista Neném e agradeceu à família pelos anos de trabalho e dedicação. Sidney trabalhou em combates a incêndios florestais como brigadista contratado pelo Prevfogo nos últimos anos.
Ele residia na Aldeia Imotxi II, na Ilha do Bananal (TO). Segundo o Ibama, Sidney tinha vasta experiência no manejo integrado do fogo e operava equipamentos usados nos combates aos incêndios, como o Sling Dragon, usado em queimas prescritas a partir de helicópteros.
Sidiney também foi presidente da Associação de Brigadistas da Brigada Federal (Brif) Nordeste.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também se manifestou após a morte de Neném. “As pessoas precisam entender que não se trata de uma questão nós contra eles, preservar os biomas é crucial para a sobrevivência humana. Que os culpados por esse crime bárbaro sejam encontrados e presos o mais rápido possível”.
Redação / Folhapress