Burocracia emperra início da operação do transporte aquático em SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Na expectativa de inaugurar o transporte aquático, a Prefeitura de São Paulo tenta resolver questões burocráticas e espera dar início aos testes neste sábado (11) na represa Billings, na zona sul da cidade.

“A gente tem o desejo que seja sábado ou segunda, mas não posso cravar isso agora”, disse o prefeito Ricardo Nunes (MDB). “O nosso esforço é para inaugurar até segunda, porque à noite eu vou para Roma a convite do papa [Francisco]”, disse Nunes nesta quarta-feira (8).

O impasse se dá porque a operação do barco deveria ser realizada pela empresa Transwolff, que é investigada por suposta ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e por isso está sob intervenção da prefeitura desde abril.

A gestão Nunes celebrou apenas nesta terça (7) o convênio para que a SPTrans operacionalize o transporte aquático, conforme publicação no Diário Oficial. O prefeito havia prometido esta transferência no dia 17 de abril.

“Estamos tirando a operação [da Transwolff] e passando à Prefeitura de São Paulo. Não podemos cravar uma data por conta da questão documental. Teve que fazer a rescisão dos funcionários que estavam [na Transwolff] e fazer a contratação pela SPTrans ou por uma empresa”, completou o prefeito.

Ainda de acordo com Nunes, a fase de testes poderá durar seis meses. Nesse período não haverá cobrança de tarifa.

Nessa fase, nomeada operação assistida, o barco deverá rodar entre 10h e 16h, com capacidade reduzida. Pelo projeto, o sistema aquático contará com dois barcos com capacidade para 60 pessoas cada um, que deverão funcionar das 6h às 20h.

O percurso liga o bairro Cantinho do Céu, na região do Grajaú, ao Parque Mar Paulista, em Pedreira. O trajeto de 17,5 km demora, atualmente, cerca de 1h20 e demanda duas viagens em linhas de ônibus diferentes.

A princípio, o transporte aquático deveria ser inaugurado no dia 27 de março, mas a operação foi suspensa pela representação do Ministério Público. O órgão alegou que a prefeitura deveria elaborar mais estudos sobre o impacto ambiental do projeto na represa Billings.

No processo, a SPTrans declarou que o projeto-piloto estava regular pois houve apreciação da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) mediante parecer técnico, que entendeu pela não necessidade de licenciamento ambiental por se tratar de projeto de pequeno impacto. Até que no dia 14 de abril o desembargador José Helton Nogueira Diefenthaler acatou os argumentos da SPTrans e suspendeu os efeitos da liminar.

O sistema de transporte aquático é um dos principais projetos que o Ricardo Nunes pretende tirar do papel para apresentar em sua campanha à reeleição à Prefeitura de São Paulo. A proposta foi sugerida por ele em 2014, quando ainda era vereador.

Redação / Folhapress

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