Cacau Show mostra loja-conceito com IA e câmera que capta humor de vendedor e cliente

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Nos próximos seis meses, a Cacau Show espera abrir uma loja-conceito em São Paulo. Com ferramentas de IA (inteligência artificial) e oferta de produtos personalizados para cada cliente, a iniciativa será um teste para novidades que poderão ser levadas às demais 4.500 unidades da rede de chocolates, sendo 4.100 delas, de fraqueados.

Uma das tecnologias que chamam a atenção é a utilização de câmeras para verificar quais os caminhos mais utilizados na loja, quanto tempo o cliente fica em frente a cada vitrine e, pela expressão facial, qual seu humor naquele momento.

Isso também seria utilizado, neste último caso, para vendedores. A principal pergunta é se funcionários felizes vendem mais.

“É um projeto [desenvolvido] por dois anos que chamamos de ‘cacau do futuro’, para descobrir como será [o negócio] em cinco anos. Trata-se de melhorar a experiência do consumidor e facilitar o acesso à loja. Estamos selecionando locais para ter lojas em seis ou 12 meses”, afirma Arlan Roque, diretor de expansão da Cacau Show.

O desejo é ter a primeira loja em um shopping considerado de luxo na capital. Os motivos são a estrutura tecnológica já existente no local e o desejo de testar o conceito com consumidores que costumam comprar em outras redes de chocolates finos, como a Kopenhagen.

Maior franqueadora do Brasil, a Cacau Show espera chegar ao final de 2024 com mais de 5.000 lojas. O faturamento no ano passado foi de R$ 5,3 bilhões. Ela se denomina como a maior rede de chocolates finos do mundo.

O projeto foi apresentado na Latam Retail Show, exposição que acontece em São Paulo.

A loja-conceito também mostrou totens em que o consumidor responde a algumas perguntas, que podem ser sobre bebidas ou cores preferidas, e um sistema de inteligência artificial que recomenda um tipo de chocolate (ideal para presentear alguém, segundo a empresa). Há plataforma de ecommerce unificado (que reúne pedidos do mesmo cliente feito por site, WhatsApp, aplicativo e na própria loja física) e até um avatar em 3D de Alexandre Costa, CEO da Cacau Show.

Também com uso de IA, o avatar interage e responde a perguntas de consumidores.

“Queremos dar personalidade à marca”, completa Roque, se referindo à imagem do fundador.

A loja foi desenvolvida em parceria com a Gouvêa Ecosystem, especializada em consultoria para varejo, consumo e indústria.

“É um projeto que pode ser adaptado. Você não precisa levar todos os recursos para o mesmo franqueado. Pode levar apenas alguns”, diz Marcelo Antoniazzi, CEO da Gouvêa Consulting.

Nos últimos anos, a Cacau Show também tem diversificado as atividades para o ramo hoteleiro e de diversões, mas sempre tendo como pano de fundo o chocolate.

A empresa tem resorts em Campos do Jordão e Águas de Lindóia, no interior de São Paulo. Também montou parque de diversões na mega store de 3.000 metros quadrados da sua fábrica, em Itapevi (na região metropolitana da capital).

Em fevereiro deste ano, Costa anunciou a compra do Grupo Playcenter, complexo de entretenimento e parque de diversões que possui dois modelos de negócio: os Playlands e o Playcenter Family. Ambos exploram o conceito de lazer indoor, especialmente em shopping centers.

“Temos o sonho de ter um grande parque outdoor. Parte do processo de ter comprado uma empresa de 50 anos é que os funcionários que estão lá há 20, 30 anos vão nos ajudar a pensar no projeto. Precisamos analisar a viabilidade econômica. A gente pretende voltar a ter o Playcenter. Mas isso está no plano do sonho. Por enquanto, é manter os pezinhos no chão”, disse o fundador da Cacau Show à Folha.

ALEX SABINO / Folhapress

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