Caiado diz que casal investigado não estava em avião de Gusttavo Lima que retornou ao Brasil

BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou que o casal dono da casa de apostas VaideBet, investigado na Operação Integration, não esteve no avião do cantor Gusttavo Lima que retornou da Grécia ao Brasil.

O pedido de prisão do artista, expedido na última segunda (23) pela Justiça de Pernambuco, cita o trajeto de retorno do avião ao país, com uma parada nas Ilhas Canárias, para afirmar que o cantor teria ajudado José André da Rocha Neto e sua esposa Aislla Rocha a ficarem fora do país, sem se entregarem à Justiça.

O casal esteve no jatinho que levou Caiado e Gusttavo Lima até a Grécia.

“O governador não conhecia os investigados e não tem de fazer um levantamento da vida pregressa de pessoas que vão aos mesmos eventos que ele. Os investigados não estavam no voo que trouxe o grupo de volta ao Brasil, que parou nas Ilhas Canárias para reabastecimento”, disse Caiado, em nota.

O governador esteve na viagem para a ilha grega de Mykonos para comemorar o aniversário de 35 anos do cantor, em um iate de luxo, avaliado em R$ 1 bilhão. O ministro Kassio Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), também esteve presente na festa. Caiado disse que é amigo de Gusttavo Lima e viajou a convite do cantor durante um período em que estava de férias oficiais.

A juíza Andrea Calado da Cruz afirmou que o trecho de retorno do grupo ao país indica que Gusttavo Lima pode ter ajudado José André Neto (dono da casa de apostas VaideBet) e Aislla Sabrina Rocha, mulher e sócia de Neto, a ficaram fora do país, sem se entregar à Justiça.

“Na ida, a aeronave transportou Nivaldo Lima [nome de registro de Gusttavo Lima] e o casal de investigados, seguindo o trajeto Goiânia – Atenas – Kavala. No retorno, o percurso foi Kavala (Grécia) – Atenas(Grécia) – Ilhas Canárias – Goiânia, o que sugere que José André e Aislla possam ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha. Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade”, diz o texto.

Nesta segunda, o Tribunal de Justiça de Pernambuco revogou a ordem de prisão contra o casal, mas a decisão não contempla Gusttavo Lima. A operação na qual o artista é investigado é a mesma que levou à prisão da influenciadora Deolane Bezerra, que também teve a prisão revogada.

Caiado afirmou ainda que “reafirma sua confiança em Gusttavo Lima e acredita que ele vai provar sua inocência ao prestar os devidos esclarecimentos”.

A defesa do cantor Lima afirma que a decretação da prisão é injusta, que ele é inocente e que tomará as medidas cabíveis.

Em nota, a defesa de Rocha Neto e de Aislla disse que os dois “não praticaram qualquer ilegalidade e isso será demonstrado com fatos e documentos na investigação” e que “a medida de prisão não se justifica”.

ARTUR BÚRIGO / Folhapress

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