LAS VEGAS, EUA (UOL/FOLHAPRESS) – A reação dos jogadores da seleção brasileira ao descerem no ônibus quando chegaram em Las Vegas explica um pouco o que é estar na cidade. Um por um, os atletas desembarcaram alternando entre um cenho franzido, um olhar de espanto ao redor ou um sonoro ‘nossa senhora’.
Nem Marisa Santiago, a psicóloga da seleção que já estava no hotel quando a delegação chegou, aguentou esperar pelo ônibus na parte externa. Ela deu dois passos para trás para retornar ao ar-condicionado e brincou com a situação do calor que bateu 42°.
Do lado de fora, dois repórteres que aguardavam pela delegação puxaram o carro para mais próximo do local, ligaram o ar-condicionado e ali ficaram por alguns minutos até o ônibus começar a se aproximar. O calor da ‘Fabulosa Las Vegas’ vem do deserto que circunda a cidade e transforma a sensação térmica em algo parecido com uma sauna seca.
A temperatura, que chegou a bater 42º, fez com que a seleção brasileira alterasse o treino para uma hora e meia mais tarde. E deu certo: com a noite quase caindo, a seleção treinou com 37º. É… 37º sem sol é considerado ‘fresquinho’, segundo alguns torcedores que esperavam os atletas saírem da atividade para pegarem autógrafos.
O calor é tanto que a HBS, empresa contratada pela Conmebol para gerar as imagens de transmissão do torneio, informou que precisou comprar uma antena maior para fortalecer o sinal, já que a alta temperatura gerou oscilações. A empresa também reforçou o monitoramento da rede via satélite.
Uma das transmissões afetadas pelo calor foi a de Equator e Jamaica, no Allegiant Stadium, onde o Brasil enfrenta o Paraguai na sexta-feira (28). A entrada do estádio, por exemplo, é cercada por portões com ventiladores combinados a umidificadores de ar para tentar aliviar o forno.
Dentro do estádio, porém, a temperatura não será um problema, já que o local é todo climatizado, fato que arranca um suspiro de alívio da seleção brasileira.
EDER TRASKINI / Folhapress