SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que as câmeras corporais em policiais militares devem servir como “aliadas” da corporação e da sociedade.
Aperfeiçoamentos nas câmeras não são apenas para fiscalização, mas para “auxiliar em investigações futuras de qualquer tipo de crime”. “Várias empresas já possuem capacidade tecnológica para atender essa demanda, que visa ampliar as funcionalidades da câmera corporal”, declarou o secretário.
Governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) lançou edital para aquisição de câmeras com alterações na forma de gravação. A gestão estadual vai comprar 12 mil novas câmeras para serem equipadas nos uniformes dos agentes, mas, diferente das já existentes e em funcionamento, essas novas deixam sob responsabilidade dos policiais na rua a ligação ou não do equipamento.
PM paulista tem hoje 10 mil câmeras em funcionamento. Todas as unidades do equipamento em operação funcionam de forma ininterrupta, ou seja, sem que o policial decida quando e em qual situação gravar a ocorrência. Agora, o agente quem vai determinar isso.
Secretaria de Segurança Pública alega que, no atual modelo, a bateria das câmeras pode acabar durante a ocorrência. Corporação também disse haver custo para armazenar o conteúdo gravado, que em sua maioria não é aproveitado. No novo modelo, diz a pasta, uma central poderá acionar remotamente as câmeras se for percebido que os militares descumpriram protocolo e não ligaram o equipamento. Entretanto, não foi explicado como essa central poderá saber quando o agente descumpriu ou não o protocolo.
Outras funções. As novas câmeras corporais também terão reconhecimento facial, leitura de placas de veículos, melhoria na conectividade, com possibilidade de transmissão ao vivo, compartilhamento dos registros de áudio e vídeo automaticamente com o Ministério Público, o Poder Judiciário e demais órgãos de controle, informou a Secretaria.
Redação / Folhapress