Campanha começa com missa, visita em escola e café em casa em SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os candidatos à Prefeitura de São Paulo (SP) iniciaram a campanha eleitoral nesta sexta-feira (16) com caminhadas e visitas a igrejas e escola. A data marca o início do período em que os políticos estão autorizados a fazer propaganda, divulgar números na urna e pedir votos.

No primeiro compromisso de campanha, Ricardo Nunes (MDB) reagiu ao elogio que seu aliado Jair Bolsonaro (PL) fez ao seu adversário na disputa Pablo Marçal (PRTB). O emedebista criticou o influencer, que, segundo ele, “não tem outro M para a cidade que não o M da verdade” e disse que melhor que rede social é ação social.

O prefeito vive um momento de crise com o bolsonarismo. Nesta quarta (14), Eduardo Bolsonaro o criticou, cobrou compromisso com a agenda bolsonarista e disse que Marçal cresce “nesse vácuo”.

Nunes foi à igreja Catedral de Santo Amaro, na zona sul, seu reduto eleitoral, acompanhado da primeira-dama, Regina Carnovale Nunes, e de secretários. Na missa, o bispo Dom José Negri deu forte tom político e indicou sua torcida pelo prefeito na eleição. Ao final da celebração, ele pediu que os fiéis erguessem as mãos em direção aos políticos para abençoá-los na campanha.

Guilherme Boulos (PSOL) e sua vice, Marta Suplicy (PT), começaram a campanha de rua com uma caminhada nos arredores da casa dele, no Campo Limpo (zona sul). O deputado apoiado pelo presidente Lula (PT) previu uma disputa dura, fez críticas indiretas a Nunes e disse que escolheu a periferia para o primeiro ato para simbolizar seu compromisso com o combate à desigualdade.

Boulos recebeu Marta em casa para um café, coado pelo próprio, com as cenas transmitidas ao vivo em redes sociais da campanha. Depois, os dois saíram em caminhada acompanhados de militantes e candidatos a vereador.

Antes, ao falar com jornalistas no portão de sua casa, ele foi questionado sobre o conselho de Lula para “não dar importância” para o adversário Pablo Marçal (PRTB). “Eu não vou cair em jogo rebaixado de quem quer fazer da eleição um vale tudo de quem quer rolar na lama”, disse.

A campanha de Marçal começou com uma concentração de candidatos e dirigentes do PRTB em frente a uma padaria na Cidade Tiradentes, na zona leste. Caixas de som tocavam jingles com expressões frequentemente usadas pelo candidato: “Compartilha aí, o Marçal disparou! Tu já pegou o código, parabéns, desbloqueou”.

A primeira agenda de campanha prevista era uma visita ao bairro de Cidade Tiradentes, na zona leste, e caminhada na região da Rua 25 de Março, em seguida. Marcado para 9h30, o evento começou depois das 12h.

Marçal escolheu o bairro para dar o pontapé na campanha oficial em alinhamento com linha adotada nos últimos meses, de pontuar que visitou comunidades e bairros periféricos mais do que seus adversários.

O jornalista José Luiz Datena (PSDB) decidiu deixar a cidade de São Paulo neste primeiro dia oficial da campanha para ir ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, a quase 180 km da capital paulista.

O jornalista chegou na cidade por volta de 12h. O tucano afirmou à Folha, na sexta-feira (15), que não iria até a cidade em busca de voto e sim em devoção.

“Ah, mas você vai começar a campanha a fora de São Paulo? Vou”, disse Datena. “A maioria das pessoas daqui é de fora de São Paulo. Mas, em todos os momentos importantes da minha vida, venho aqui”, disse o tucano.

A candidata do PSB, Tabata Amaral, começou o dia de campanha na Brasilândia, zona norte de São Paulo. O local escolhido foi a Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Senador Milton Campos, que teve o pior desempenho em 2023 na capital paulista, segundo o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).

Tabata afirmou que vai concentrar esforços para melhorar a situação das escolas com maior vulnerabilidade. “Criança não vota, mas queremos fazer a campanha desse jeito. Conversando com as pessoas, que elas conheçam as propostas e falando de São Paulo”, disse.

No local, ela conversou com mães de alunos, que relataram problemas que os alunos frequentam, como bullying e violência. Na sequência, foi até uma fábrica para visitar costureiras e finalizou a agenda da manhã em um cartório, onde registrou o compromisso firmado com as mães na escola municipal da Brasilândia.

ANA LUIZA ALBUQUERQUE, CAROLINA LINHARES, CARLOS PETROCILO, ISABELLA MENON E JOELMIR TAVARES / Folhapress

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