Canoas (RS) perdeu 19 das 27 unidades de saúde, e 16 mil pessoas estão em abrigos

CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – A Prefeitura de Canoas (20 km de Porto Alegre) afirmou que 16.697 pessoas foram acolhidas em 61 abrigos distribuídos na cidade devido às intensas chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul. São espaços como escolas, igrejas, associações, entre outros.

Uma lista com os nomes dos abrigados está sendo divulgada pela prefeitura com o objetivo de informar aqueles que procuram por familiares e amigos.

O número foi atualizado no início da tarde desta segunda-feira (6) pelo prefeito, Jairo Jorge (PSD), que acrescentou que os resgates estão em fase final. Também há um local que está abrigando cerca de mil animais resgatados.

Ele afirma que a cidade precisa de doações, como água, alimentos, colchões, cobertores e roupas de cama. “Estão faltando 8 mil colchões”, disse Jorge.

A prefeitura calcula que a água avançou para quase dois terços da cidade. Trata-se de toda a região oeste e parte da região leste, onde fica o bairro Niterói.

Segundo o prefeito, o “piscinão” que se formou não deve baixar logo. A estimativa das autoridades locais é que a cidade só consiga retirar a água e voltar a alguma normalidade entre 45 a 60 dias.

Ao menos duas pessoas morreram em decorrência das chuvas na cidade. Além disso, outros três pacientes do HPS (Hospital Pronto Socorro), que estavam em estado grave, morreram durante o processo de transferência do segundo para o terceiro andar da unidade.

O prefeito afirma que as chuvas atingiram o HPS, três UPAs, quatro farmácias, além de 19 das 27 unidades básicas de saúde existentes.

Segundo ele, estão sendo levantados três hospitais de campanha, ligados ao SUS, ao Exército e à FAB.

O prefeito também relatou preocupação com falta de água e anunciou algumas medidas, como 38 caminhões-pipa para atender hospitais e abrigos, por exemplo. Também tenta retomar a estação de tratamento de Niterói.

Outra preocupação é com segurança. Prefeito afirmou que vai melhorar o patrulhamento tanto nas áreas inundadas quanto secas, pois “o crime organizado não tirou férias”.

Cidade próxima a Canoas, São Leopoldo vive uma situação parecida, com remanejamento de pacientes e falta de água para consumo. Caminhões-pipa estão sendo utilizados para abastecimento de serviços essenciais e pontos de acolhimento. No total, 57 abrigos reúnem pessoas que precisaram deixar suas casas.

Cerca de 500 animais também foram resgatados e a prefeitura tem pedido apoio de médicos veterinários para ajudar no cuidado.

Todas as pontes do Rio dos Sinos, que corta a cidade, estão interditadas. Na manhã desta segunda-feira (6), o nível do rio baixou 20 centímetros, ficando com 7,64 m. Na manhã de sábado (4), o rio havia atingido a marca de 8,07 m.

CATARINA SCORTECCI / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS