Carlos Alberto Nóbrega chora morte de Silvio e admite: ‘Estou dopado’

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Carlos Alberto de Nóbrega exaltou Silvio Santos, que morreu neste sábado (17), e se emocionou.

Em entrevista ao SBT, o humorista contou como ficou sabendo da morte de Silvio e confessou estar sob efeito de medicamentos. “Eu tenho pressão alta. Hoje eu estava no sítio e a Renata viu, pela internet, essa notícia que eu jamais queria saber. Claro, minha pressão subiu para 19/11. Vim logo para São Paulo. Eu estou dopado, não vou mentir”.

Ele lembrou o início de sua amizade com o ex-dono da emissora. “Eu estou com remédio, porque, imagina você, em 1954, conhecer um carioca que tinha 18 anos, e começar uma amizade com o Silvio. Crescemos juntos. Acompanhei todo o sucesso. E você foi embora, cara. Eu ainda não assimilei. A ficha não caiu ainda. Porque eu não consigo imaginar o SBT sem você, cara”, disse, emocionado.

Carlos Alberto de Nóbrega citou as conversas que os dois tinham no estacionamento. “Teu carro ficava ao lado do meu e, às vezes, eu chegava encabulado porque os meus carros eram sempre mais bonitos que os seus. E você gostava de admirar os carros que eu tinha, a gente conversava ali, rapidamente. E você, Silvio, mudou a minha vida”.

O humorista deu o depoimento sentado sobre o primeiro banco usado na “A Praça É Nossa”. “Há 70 anos, eu passei por todas as emissoras do eixo Rio-São Paulo. E, em 1987, eu mudava a minha vida porque você me trouxe e me deu este banco. Este banco foi o primeiro da Praça. Neste banco, eu mudei a minha vida. Pude dar uma qualidade melhor de vida para os meus filhos e netos porque você me pagava generosamente. E a liberdade que você me deu, eu nunca tive em nenhuma emissora”.

Por fim, ele mencionou o imóvel que ganhou do amigo. “Nossa amizade foi muito acima de salário e audiência. Foi uma amizade de eterna gratidão pelo que você fez pelo meu pai. Quando você me deu uma casa, eu disse: ‘Silvio, queria que você fosse me visitar’. E ele disse: ‘Não, Carlos, eu não quero ir na sua casa’. ‘Mas você me deu uma casa caríssima de presente e não vai jantar comigo?’. E você disse: ‘Carlos, tudo isso o que eu tenho, eu devo a Manuel [de Nóbrega]. E eu não vou ao cemitério visitar o seu pai, então eu não preciso ir na sua casa'”.

“Esse Silvio Santos vocês não conheceram”, disse, em prantos. “O Silvio Santos ser humano era melhor que o apresentador. Foi uma pessoa maravilhosa. Vocês não fazem ideia de quanta gente ele ajudou”.

Redação / Folhapress

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