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Carro de MC Poze avaliado em R$ 1 milhão é apreendido

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Durante a operação na manhã desta quinta (29), MC Poze teve um carro apreendido –um BMW modelo X6, avaliado em cerca de R$ 1 milhão.

O veículo foi levado para a Cidade da Polícia por conta de uma infração administrativa. O documento do carro consta que ele deveria ser da cor preta, mas ele está pintado em um tom vermelho escuro.

Este é um dos carros que foram apreendidos em novembro do ano passado, quando o cantor foi alvo de outra operação policial, sendo devolvido ao MC em abril.

Na ocasião, a apreensão ocorreu durante um inquérito sobre fraudes em rifas. Nesse outro inquérito, Poze aparece como investigado, e não chegou a ser alvo de ações.

A versão top de linha do BMW apreendido, a Competition, custa a partir de R$ 1,3 milhão. Equipado com motor biturbo V8 e câmbio de oito velocidades, garante até 625 cv de potência e vai de 0 a 100 km/h em menos de 4 segundos —para comparação, o modelo 2025 usado na Stock Car brasileira atinge 500 cv de potência.

O BMW X6 é um SUV estilo cupê imponente. Tem quase 5 m de comprimento, cerca de 2 m de largura e 1,69 m de altura.

A chave, chamada de”BMW Display Key”, mais parece um smartphone, pois tem tela sensível ao toque, como dos celulares, que pode controlar várias funções do carro.

Em 2023, o MC publicou quando foi comprar uma outra BMW X6 descalço, sem camisa e usava enorme corrente de ouro.

O carrão sempre foi símbolo de ostentação. Em abril de 2022, uma quadrilha montou um falso estacionamento na região do Allianz Parque, na zona oeste de SP, durante show da banda Maroon 5 para roubar os carros que eram deixados ali. Entre eles estava um BMW X6.

O veículo foi encontrado no dia seguinte abandonado perto da favela de Paraisópolis, na zona sul, e devolvido à dona, uma comerciante de 42 anos que mora em São Caetano do Sul, na Grande SP.

A PRISÃO

Policiais civis da Delegacia de Repressão a Entorpecentes do Rio de Janeiro prenderam na manhã desta quinta-feira (29) o MC Poze do Rodo, investigado por apologia do crime e por suspeita de envolvimento com o CV (Comando Vermelho).

A prisão temporária, de 30 dias, ocorreu no do Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio.

De acordo com as investigações, o cantor faz shows exclusivamente em áreas dominadas pelo CV, com a presença ostensiva de traficantes armados com armas de grosso calibre, como fuzis, garantindo a “segurança” do artista e do evento.

O advogado de Poze, Fernando Henrique Cardoso, afirmou que “essa é uma narrativa antiga e já debatida”, e que irá entrar com pedido de liberdade.

A investigação aponta também que o repertório das músicas faz apologia do tráfico de drogas, do uso ilegal de armas de fogo e incita confrontos armados entre facções rivais.

“Esses eventos são estrategicamente utilizados pela facção para aumentar seus lucros com a venda de entorpecentes, revertendo os recursos para a aquisição de mais drogas, armas de fogo e outros equipamentos necessários à prática de crimes”, diz nota da polícia.

O vídeo de um show do MC Poze na Cidade de Deus, zona oeste do Rio de Janeiro, consta no inquérito sobre apologia ao tráfico que resultou na prisão do artista nesta quinta-feira (29). Nele, Poze canta músicas que exaltam chefes do Comando Vermelho. Na plateia, um homem porta um fuzil e também filma a apresentação.

O show foi realizado em 17 de maio, dois dias antes da morte do policial civil José Antônio Lourenço, atingido por um tiro na cabeça na mesma favela, que é um dos principais redutos da facção.

Lourenço era da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), grupo que atua somente em áreas de riscos em apoio a outras unidades. O agente morto havia sido subsecretário de Ordem Pública do Rio e era diretor jurídico do Sindicato dos Policiais Civis.

BRUNA FANTTI / Folhapress

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