SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Parentes de reféns israelenses mantidos em cativeiro pelo Hamas há dez meses saíram de Tel Aviv em um comboio de carros rumo à fronteira com a Faixa de Gaza, nesta quarta-feira (28). O ato tem a intenção de pressionar por um acordo imediato para libertar aqueles que seguem em poder da facção terrorista.
O Fórum das Famílias de Reféns deve fazer outra manifestação na madrugada desta quinta-feira (29), usando alto-falantes montados em um guindaste, de acordo com o jornal The Times of Israel.
“A oportunidade de trazer todos de volta está se esgotando a cada dia que passa”, disse o Fórum em um comunicado anunciando o comboio.
Os veículos deveriam chegar ao anfiteatro do kibutz Be’eri às 17h30 do horário local (11h30 em Brasília). Faziam parte do protesto reboques transportando alguns dos carros que foram queimados e danificados durante o massacre de 7 de Outubro.
A manifestação dos parentes de israelenses cativos ocorre um dia depois de o Exército de Israel libertar com vida o refém Qaid Farhan Alkadi o primeiro árabe entre os oito resgatados vivos em operações israelenses desde o início do conflito.
Alkadi, que passou por exames no hospital e já está em casa, fazia parte dos 71 sequestrados que ainda estão vivos em Gaza, pelas contas de Israel. Outros 34 são considerados mortos, e seus corpos estariam no território palestino. Em novembro, 105 foram libertados em um cessar-fogo de uma semana entre Israel e Hamas, e soldados israelenses recuperaram os corpos de mais de 20.
A guerra em Gaza começou em 7 de outubro de 2023, quando homens armados do Hamas invadiram comunidades israelenses, matando cerca de 1.200 pessoas e sequestrando 251 reféns, de acordo com contagens de Tel Aviv.
A resposta militar de Israel em Gaza já deixou 40.534 mortos e 93.778 feridos no território desde o início da guerra, segundo o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas.
Durante o conflito, as forças israelenses devastaram grandes áreas de Gaza e forçaram o deslocamento da maioria de seus 2,3 milhões de habitantes.
Redação / Folhapress