SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Depois de semanas sem responder quem estava formalmente à frente do Doge (Departamento de Eficiência Governamental), a iniciativa de cortes de gastos radicais comandada por Elon Musk, o governo Donald Trump disse nesta quarta-feira (26) que a técnica Amy Gleason é a administradora do órgão, e não o bilionário dono do X e da SpaceX.
O governo Trump foi pressionado a nomear formalmente uma pessoa responsável pelo Doge, após afirmar em um processo judicial que o bilionário Elon Musk não tem autoridade sobre o programa.
O papel de Musk é um problema em processos judiciais que contestam a legalidade das ações do Doge, incluindo o acesso a sistemas de pagamento governamentais sensíveis.
Em uma audiência sobre um caso que tenta bloquear o acesso da equipe do Doge aos sistemas do Departamento do Tesouro, uma juíza federal pressionou repetidamente um advogado do governo para esclarecer quem está no comando. “Onde está o Sr. Musk em tudo isso?” perguntou a juíza distrital dos EUA Colleen Kollar-Kotelly.
Gleason, ex-funcionária do Serviço Digital dos EUA, atuou na primeira administração Trump. Após a posse do presidente americano em 20 de janeiro, o Serviço Digital foi renomeado para Doge e está reduzindo radicalmente o governo federal, incluindo milhares de cortes de empregos.
Um funcionário da Casa Branca disse que Gleason atuou como ligação com outras agências. Não ficou claro se Gleason foi nomeada para o cargo recentemente ou se já o ocupava há algum tempo.
O perfil no LinkedIn diz que ela trabalha como conselheira sênior desde o mês passado.
A ordem executiva que estabeleceu o Doge disse que a administradora reporta-se à chefe de gabinete da Casa Branca, Susie Wiles.
O perfil de Gleason no LinkedIn também mostra que ela trabalhou como consultora independente e diretora de produtos em uma empresa de capital de risco em saúde e em uma organização de saúde rural.
Em um processo judicial no início deste mês, a Casa Branca disse que Musk era funcionário da Casa Branca e conselheiro sênior do presidente. A administração afirmou que Musk é um “funcionário especial do governo” não remunerado, o que significa que seu papel é temporário.
Redação / Folhapress
