SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A casa onde a sambista Beth Carvalho morou na Praia de Cordeirinho, em Maricá, no estado do Rio de Janeiro, será transformada em museu, anunciou a prefeitura do município, que deve investir cerca de R$10 milhões para completar a museografia, o projeto e a construção.
A ideia é que o museu conte a história de Beth, mas também seja um espaço de memória do samba.
A prefeitura de Maricá comprou o imóvel em 2021, por R$1,4 milhão. O município também adquiriu as casas onde moraram a cantora Maysa e o antropólogo Darcy Ribeiro, também com o intuito de transformá-las em museus. A Casa Maysa ainda não tem previsão de entrega e a Casa Darcy Ribeiro deve ser inaugurada no fim deste mês.
A previsão é que a Casa Beth Carvalho seja inaugurada no aniversário da cantora do ano que vem, 5 de maio de 2025. O projeto é assinado pelo arquiteto Gringo Cardia.
Conhecida com a Madrinha do Samba, Beth Carvalho morreu em 2019, aos 72 anos, no Rio de Janeiro.
Típica adolescente da zona sul carioca, aluna do tradicional colégio Andrews, apaixonou-se nos anos 1960 pela batida do violão de João Gilberto. Mas o chamado das rodas e dos terreiros, do som dos subúrbios e dos botequins, bateu-lhe mais forte nas veias.
“Folhas Secas” -que também teve um registro de Elis Regina na mesma época e acabou criando uma rusga entre as duas cantoras- virou um clássico instantâneo na voz de Beth.
EDUARDO MOURA / Folhapress