RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Um casarão desabou no centro do Rio de Janeiro, no início da tarde desta quinta-feira (20). Um homem morreu, segundo o Corpo de Bombeiros. A vítima estava dentro de um carro que estava estacionado no local e foi atingido pelos destroços do imóvel.
A corporação foi acionada por volta de 13h30 para a ocorrência na rua Senador Pompeu. Após o desabamento, uma fumaça densa tomou conta do local, que fica próximo a Central do Brasil.
A operação do Corpo de Bombeiros contou com 50 militares e mais de dez viaturas, além de cães de busca e uma plataforma mecânica que fez varredura aérea na região. No fim da tarde, os bombeiros entregaram o imóvel à prefeitura para avaliação das condições estruturais.
Segundo relatos, o casarão possuía três andares. Ainda não se sabe a causa do acidente.
Alguns postes também caíram com o desabamento. Além do carro onde uma pessoa ficou soterrada, outros dois veículos foram atingidos.
De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, a via está interditada, na altura da rua Visconde da Gávea.
Equipes da CET-Rio, Guarda Municipal e Light também foram acionados.
A região atrás da Central do Brasil, onde estava localizado o imóvel, é marcada pelo comércio popular, com depósitos, bares e mercados, além de pequenos hotéis e sobrados ocupados por muitas famílias. O primeiro pavimento do casarão que desabou era ocupado por uma lanchonete há dez anos, mas estava vazio há pelo menos seis, segundo relatos.
O imóvel havia sido vistoriado duas vezes pela Defesa Civil e o proprietário recebeu notificações, segundo o subprefeito do centro, Alberto Szafran.
Ainda segundo Szafran, a subprefeitura do centro mapeou, em 2023, 158 imóveis em estado de abandono na área compreendida pelo Reviver Centro -programa municipal de incentivos à reocupação residencial no centro- e notificou os respectivos proprietários.
A Comissão de Assuntos Urbanos da Câmara do Rio, presidida pelo vereador Pedro Duarte (Novo), anunciou que vai marcar uma audiência pública em abril para discutir o abandono de imóveis na região central da cidade.
ALÉXIA SOUSA E YURI EIRAS / Folhapress