SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um laudo pericial fez com que a polícia mudasse a interpretação sobre um crime registrado como homicídio seguido de suicídio no Rio Grande do Norte.
Primeiros indícios da cena do crime mostravam que Wanessa Melo, 22, tinha atirado em Victor Hugo de Assis, 26, e cometido suicídio. O crime aconteceu em 9 de novembro na cidade de Touros, a cerca de 85 km de Natal. Wanessa foi achada morta e Victor foi socorrido com vida, mas morreu dias depois em um hospital, informou a Polícia Civil.
A proximidade entre arma do crime e o corpo da jovem fez a polícia acreditar que ela tinha sido a responsável pelos disparos. Um laudo do Instituto Técnico-científico de Polícia do RN, porém, desmentiu a versão.
Estado do corpo de Wanessa mostrou que ela morreu dias antes do namorado. Segundo o delegado Jaime Groff, o laudo sinalizou que a jovem estava com corpo no estado de decomposição “gasoso”, fase que começa ao menos dois dias após a morte.
Cena do crime foi alterada, afirma a polícia. Com o resultado do laudo, a polícia trabalha para entender quem foi responsável por colocar a arma perto de Wanessa.
“É uma incompatibilidade. Como ela morreu primeiro e a arma está nas proximidades dela? Teria que estar nas proximidades do corpo dele”, afirmou o delegado à TV Globo.
Histórico de ciúmes do homem também levantou alerta da polícia. Segundo o delegado, amigos contaram que ele tinha um “sentimento de posse” em relação à jovem.
Pistola usada por Victor era de propriedade da mãe do suspeito. Até o momento, as investigações não indicam a presença de uma terceira pessoa no local do assassinato.
CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA
Caso você esteja pensando em cometer suicídio, procure ajuda especializada como o CVV (Centro de Valorização da Vida) e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade. O CVV funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.
Redação / Folhapress