CBF faz demissões na seleção feminina e Pia Sundhage deve ser a próxima

SÃO PAULO, SP (UOL-FOLHAPRESS) – A CBF iniciou a reformulação da seleção brasileira feminina após a queda na fase de grupos da Copa do Mundo. Entre outras saídas, a técnica Pia Sundhage deve ser a próxima a deixar o comando da equipe.

A saída mais recente foi a de Jonas Urias, que deixou o comando técnico da seleção feminina sub-20.

Antes dele, também foram demitidas a coordenadora de seleções femininas, Ana Lorena Marche, a supervisora Mayara Bordin e a auxiliar da seleção sub-20, Bia Vaz. Houve troca até na assessoria de imprensa da seleção feminina.

Pia é esperada na sede da CBF nesta semana e desde a queda da Copa o cenário para sua permanência é complicado.

Apesar de dizer que o resultado no Mundial não afetaria na continuidade da treinadora, Ednaldo Rodrigues já começou a adotar nos bastidores um tom que indica a saída.

A reformulação e a falta de calendário previamente acertado podem interferir, inclusive, na Data Fifa que a seleção teria em setembro.

FUTURO DE PIA

A CBF aguardava a chegada de Pia ao Brasil desde que ela deixou a concentração da seleção na Austrália e foi passar algumas semanas na Suécia.

O resultado na Copa foi considerado muito aquém do esperado pela entidade, que já tinha reavaliado a situação de Pia no início de 2022.

A confederação brasileira evitou fazer mudanças imediatas após a eliminação para não agir de cabeça quente, mas a reformulação já era esperada pela delegação que foi à Copa.

O contrato de Pia vai até depois dos Jogos Olímpicos e termina em agosto de 2024.

AS SAÍDAS

Jonas Urias foi pego de surpresa pela decisão da CBF. Ele foi campeão do Sul-Americano e medalha de bronze no Mundial da categoria no ano passado.

Durante a Copa, Jonas foi observador da seleção principal. “Exatamente 1 ano após ser 3º lugar no Mundial, fui comunicado do meu desligamento”, escreveu o treinador. “Fica neste momento um sentimento de injustiça e violação. Uma tristeza sem tamanho que toma conta de mim.”

Ana Lorena Marche ficou na Austrália até o final da Copa para acompanhar o Congresso realizado pela Fifa na véspera da final, mas também já sabia que tinha chances de deixar o cargo.

No texto de despedida, Mayara Bordin citou “limitações que a própria entidade impõe” e disse: “Se tornar invisível é o maior segredo para ter permanência longa na instituição”.

IGOR SIQUEIRA E LUIZA SÁ / Folhapress

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