SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Uma cena de sexo do drama ‘Oppenheimer’, que estreou nos cinemas na última semana, virou alvo de críticas das autoridades indianas por ser um “ataque contundente ao hinduísmo”.
O filme conta a história do físico J. Robert Oppenheimer, considerado o pai da bomba atômica.
Em um momento do filme, Robert Oppenheimer (Cillian Murphy) e Jean Tatlock (Florence Pugh) fazem sexo. A jovem vai até uma estante e pega uma cópia de “Bhagavad Gita” e pede para o protagonista ler.
EU ME TORNEI A MORTE, DESTRUIDORA DE MUNDOS
Frase polêmica. Dizem que o texto se trata do que, na vida real, Robert Oppenheimer pensou quando a primeira bomba nuclear explodiu.
Milhares de indianos se reuniram para assistir a estreia do filme, e protestaram imediatamente após a cena através das redes sociais.
“Chegou ao nosso conhecimento de que o filme ‘Oppenheimer’ contém uma cena que faz um ataque contundente ao hinduísmo”, twittou Uday Mahurkar, comissário de informações do governo indiano, ao diretor do filme, Christopher Nolan.
Ela está segurando Bhagwad Geeta em uma mão e a outra parece estar ajustando a posição de seus órgãos reprodutivos.
“O Bhagwad Geeta é uma das escrituras mais reverenciadas do hinduísmo. Geeta tem sido a inspiração para incontáveis sanyasis, brahmacharis e lendas que vivem uma vida de autocontrole e realizam nobres ações altruístas”, completou a autoridade.
Autoridades questionam. Mahurkar afirmou não entender a motivação e a lógica por trás da cena e a considera “um ataque direto às crenças religiosas de um bilhão de hindus tolerantes”.
Direitos iguais. Ele acusa Hollywood de ser mais sensível a representações do Alcorão e do Islã e pediu a mesma cortesia aos hindus. A autoridade ainda pediu a Nolan e remoção da cena em todo o mundo.
Se você optar por ignorar este apelo, isso será considerado um ataque deliberado à civilização indiana.
Texto sagrado. “Bhagavad Gita” que dizer “Canção de Deus” e faz parte de um texto chamado “Mahabharata”. Ele representa a conversa de um protagonista com a entidade divina Krishna.
Redação / Folhapress