Chevrolet Onix atual completa cinco anos de mercado e volta à pista de testes; veja resultados

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Chevrolet Onix volta à pista de testes em sua versão mais em conta, equipada com motor 1.0 flex (85 cv) e câmbio manual de seis marchas. O hatch atual completou cinco anos de mercado sem mudanças visuais, algo raro na história da General Motors no Brasil. A explicação para essa longevidade forçada está na pandemia de Covid-19.

O compacto foi apresentado no dia 26 de novembro de 2019, cerca de um mês antes de a OMS (Organização Mundial de Saúde) registrar, na cidade chinesa de Wuhan, os primeiros casos do que foi definido como uma pneumonia de origem desconhecida.

Entre os concorrentes, o compacto da General Motors era o que mais utilizava semicondutores, segundo a montadora. A escassez desses componentes em meio à pandemia levou a paralisações seguidas na linha de produção do modelo, em Gravataí (RS).

Enfim, a hora da evolução se aproxima. O hatch e o sedã Onix Plus receberão um novo desenho neste ano, além de ajustes na parte mecânica. Espera-se a adoção de um sistema híbrido flex leve em algumas versões, mas vale destacar que o carro segue como referência em eficiência energética.

As versões com motor 1.0 aspirado custam a partir de R$ 93.770. Este teste realizado pelo Instituto Mauá de Tecnologia foi o último antes da chegada da linha 2025/2026. O carro remodelado será uma das novidades da GM no ano de seu centenário: a montadora chegou oficialmente ao Brasil em 26 de janeiro de 1925.

Todo Chevrolet Onix é equipado com seis airbags, faróis com acendimento automático, ar-condicionado e direção com assistência elétrica. O painel de instrumentos mistura marcadores analógicos e digitais.

Os vidros e as travas das portas têm acionamento eletrônico, mas a regulagem de altura e profundidade do volante só está disponível em versões mais caras. Não foi o caso do modelo testado.

O hatch 1.0 precisou de 16,3 segundos para ir do zero aos 100 km/h quando abastecido com gasolina. No seu primeiro teste, em 2021, o Chevrolet cumpriu a prova em 15,8 segundos. A diferença, embora pequena, pode ser atribuída às mudanças que adequaram o carro a regras mais rígidas de emissões de poluentes.

O resultado foi visto nas medições de consumo. Segundo o Instituto Mauá de Tecnologia, o Onix percorreu 24 quilômetros com um litro de gasolina no uso rodoviário (velocidade de 90 km/h). Na cidade, a média ficou em 14,2 km/l. No teste anterior, as marcas foram de 11,9 km/l e 21,9 km/l, respectivamente.

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CHEVROLET ONIX 1.0

Preço: a partir de R$ 93.770 (dezembro/2024)

Motor: flex, dianteiro, turbo, 999 cm³

Potência: 82 cv (etanol) e 78 cv (gasolina) a 6.400 rpm

Torque: 10,6 kgfm (etanol) e 9,6 kgfm (gasolina) a 4.100 rpm

Transmissão: câmbio manual de seis marchas

Pneus: 185/65 R15

Peso: 1.049 kg

Porta-malas: 275 litros

Comprimento: 4,16 m

Largura: 1,73 m

Altura: 1,48 m

Entre-eixos: 2,55 m

Aceleração (0 a 100 km/h, em segundos): 16,3 (gasolina)

Retomada (80 km/h a 120 km/h, em segundos): 15,2 (gasolina)

Consumo urbano (km/l): 11,1 (etanol) e 14,2 (gasolina)

Consumo rodoviário (km/l): 18,7 (etanol) e 24 (gasolina)

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Para além dos números, o modelo se mostra agradável no uso cotidiano, embora exija constantes trocas de marcha para manter o ritmo. Há ainda bom espaço interno e acabamento bem cuidado, com bancos forrados de tecido cinza e preto.

A versão testada foi a LT2, que custa R$ 98.490. As principais diferenças para a versão mais simples são a central multimídia, a partida por botão e os retrovisores pintados na cor da carroceria. As rodas de 15 polegadas trazem calotas de plástico.

Os valores cobrados hoje são bem diferentes dos praticados à época do lançamento. No fim de 2019, o Onix hatch partia de R$ 48.490. Equipada com motor 1.0 turbo (116 cv) e câmbio automático, a versão topo de linha Premier era anunciada por R$ 72.990 com todos os opcionais inclusos.

A alta nos preços não impediu o sucesso de vendas ao longo dos anos. Somada à versão sedã, os emplacamentos do modelo produzido em Gravataí (RS) chegaram a 157,7 mil unidades em 2024.

EDUARDO SODRÉ / Folhapress

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