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China pode banir importação de filmes americanos após novas tarifas de Trump

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A China considera proibir filmes americanos em seu território, como retaliação às tarifas globais anunciadas pelo presidente Donald Trump. A informação foi compartilhada, simultaneamente, por duas figuras públicas chinesas nesta terça-feira (8).

Liu Hong, editor da mídia estatal Xinhua, e Ren Yi, neto de Ren Zhongyi, ex chefe do partido comunista da província de Guangdong, divulgaram um conjunto idêntico de contramedidas às tarifas.

O texto impõe taxas sobre produtos agrícolas americanos, bloqueia entrada de aves do país na China e planeja “reduzir ou banir completamente a importação de filmes americanos”.

A notícia vem após o governo chinês anunciar que não aceitaria a “natureza de chantagem” das tarifas impostas pelos Estados Unidos. O país havia anunciado tarifas de 34% na semana passada, além das taxas de 20% já em vigor.

Pequim anunciou contramedidas, e Trump havia ameaçado dobrar as tarifas –elevando o total a 104%, o que dobraria o preço de qualquer produto chinês nos Estados Unidos– caso a China não retirasse as tarifas.

“Se os Estados Unidos insistirem em seguir esse caminho, a China lutará até o fim”, afirmou o ministério do comércio da China em um comunicado.

A indústria cinematográfica americana havia, até então, escapado de retaliação direta à onda de taxação, já que filmes são considerados como serviços, e não bens físicos.

A China possui o segundo maior mercado cinematográfico do mundo. A bilheteria no país de “Um Filme Minecraft”, que estreou em primeiro lugar no último final de semana, equivale a 10% da arrecadação total internacional, com receita de US$ 14,5 milhões (cerca de R$ 85,3 milhões, na cotação atual).

Mas o público chinês, cada vez mais, volta sua atenção a longas locais. A animação chinesa, “Ne Zha 2”, arrecadou US$ 2,11 bilhões (R$ 12,4 bilhões) após 10 semanas no topo das bilheterias. Enquanto isso, filmes americanas arrecadaram US$ 585 milhões (R$ 3,4 bilhões) na China em 2024.

As autoridades chinesas controlam a distribuição de filmes no território, e produções estrangeiras só podem ser distribuídas através de empresas estatais centralizadas. O país também mantém padrões de censura e escolhe períodos mais lucrativos para estrear filmes locais.

Em um acordo comercial anterior, a China se comprometeu a lançar 34 filmes estrangeiros por ano, sob termos de divisão de receita –estúdios estrangeiros tem uma participação de 25% nas vendas de ingressos. Títulos de menor orçamento são lançados após o distribuidor pagar uma taxa fixa.

Redação / Folhapress

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