Chumbinho após acidente que quase o tirou do surfe

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Após perder metade da temporada por conta de um grave acidente no Havaí, João Chianca, o Chumbinho, está de volta ao circuito mundial de surfe e poderá competir como convidado na etapa de Saquarema (RJ), justamente sua cidade natal, entre os dias 22 a 30 de junho, algo que tem o deixado extremamente feliz, já que o episódio quase o tirou do esporte.

“Nós chegamos no circuito e nunca esperamos uma coisa dessa magnitude acontecer. Acordar numa cama de hospital sem saber como aconteceu, o que te botou lá, é muito confuso. Demorou bastante tempo para entender que aquele início de ano no Havaí, que é uma coisa que você sonha muito em estar, foi tirado de você de uma forma repentina. Mas tem males que vem para o bem. Tenho visto as coisas com uma perspectiva nova, estou muito mais resiliente. Me deu a oportunidade de ser um ser humano muito melhor, mais paciente, entender as situações, compreender o nosso Deus e ter uma fé inabalável”, diz Chumbinho.

O QUE ACONTECEU

João Chianca caiu de uma onda no Havaí e bateu com a cabeça no fundo de corais. Ele desmaiou, sofreu uma concussão cerebral e foi resgatado por surfistas. O acidente em dezembro de 2023 o fez ficar dias no hospital, com meses de recuperação, onde correu até mesmo o risco de não competir mais profissionalmente.

“Foi difícil no início, mas estou vendo novas oportunidades e feliz de estar aproveitando-as. Estou feliz de estar saudável. Nada como ter a saúde em dia e poder deitar na nossa cama, retornar às competições. Essa retirada do circuito mundial realmente me fez perceber o quanto eu faço a coisa certa e o quanto eu sigo muito a minha vontade e coração de competir no circuito mundial, de ser um surfista profissional, é muito bom. Tenho aproveitado cada minuto. Ter a oportunidade de fazer isso com saúde, feliz, sorrir novamente, dar entrevista novamente, é incrível”, afirma o surfista.

USAR CAPACETE FOI CONDIÇÃO MÉDICA IMPOSTA PARA RETORNAR

Chumbinho revelou que o uso de capacete foi uma condição imposta pelos médicos. Somente com este adereço ele foi autorizado a retornar aos treinos e competições na WSL.

“Sim, vou estar usando-o temporariamente durante as competições em 2024, é uma recomendação médica. Ainda tenho a condição especial de estar com ele presente, é difícil explicar. Os sintomas neurológicos são uma coisa um pouco difícil de explicar. Quando tive a oportunidade de competir, mas só com a condição do capacete, claro que aceitei, porque faria de tudo para estar aqui e competir novamente. Então sim, mas vai ser de forma temporária, espero que ano que vem eu esteja saudável, curado, recuperado o suficiente para fazer o uso do livre arbítrio de competir com capacete ou sem”, conta Chumbinho.

BRUNO BRAZ / Folhapress

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