O ciclone extratropical que atingiu o Sul e o Sudeste do Brasil nos últimos dias começa a se afastar em direção ao oceano. Outros dois ciclones podem atingir o Rio Grande do Sul ainda este mês.
O ciclone extratropical que deixou ao menos três mortos e provocou estragos em estados do Sul e do Sudeste se afastou do Brasil em direção ao Oceano Atlântico. Segundo a Metsul Meteorologia, já nas primeiras horas desta sexta-feira (14) o centro do ciclone estava sobre o mar.
A empresa de meteorologia indica que os ventos no Sul do país nesta sexta serão de fracos a moderados, com rajadas esporádicas e bem menos intensas do que as de ontem.
A Metsul afirma ainda que o litoral de São Paulo e a costa do Rio de Janeiro ainda devem ter ventos fortes entre esta sexta-feira e no sábado. A Climatempo aponta que ao longo do sábado o vento vai diminuir em todas as regiões.
Como o ciclone está sobre o mar, permanecem os alertas relacionados à agitação no oceano. A Defesa Civil de Santa Catarina aponta que nesta sexta o mar continuará agitado em função da passagem do ciclone. Segundo o órgão, o risco de ocorrências associadas à ressaca é de moderado a alto.
Mais cedo, a Metsul havia alertado ainda para que se tenha atenção aos danos provocados pelo ciclone. A empresa apontou que a ventania pode ter deixado áreas de instabilidade e estruturas comprometidas que ainda podem causar acidentes.
Ciclones no Rio Grande do Sul
Segundo Vinícius Lucyrio, meteorologista da Climatempo, é possível que outros dois ciclones extratropicais atinjam o estado nos dias 19 ou 20 e 26 de julho.
Em entrevista à Gaúcha Zero Hora, Lucyrio afirmou que os próximos fenômenos irão acontecer mais afastados da costa e, por isso, os impactos devem ser mínimos.
O Rio Grande do Sul foi o estado mais atingido pelos fortes ventos e a estimativa da Defesa Civil é que cerca de 18 mil pessoas tenham sido afetadas.
O ciclone desta semana foi o terceiro a atingir o Rio Grande do Sul nos últimos 30 dias. O fenômeno que aconteceu entre os dias 15 e 16 de julho causou alagamentos e deixou mortos e desaparecidos. Já o outro, no segundo final de semana de julho, não teve muitos impactos.
Redação / Folhapress