ARACAJU, SE (FOLHAPRESS) – Atração dos fins de tarde da Record, o Cidade Alerta decidiu mudar um pouco a sua linha editorial e suavizou parte do conteúdo para agradar ao público feminino, maioria à frente da TV neste horário. Não que a cobertura de crimes tenha ficado de lado, mas além deles, o programa comandado por Luiz Bacci passou a investir em pautas menos policialescas.
Em meio a situações criminais, passaram a fazer parte do cardápio situações sem violência física, como reportagens sobre conflitos entre vizinhos, desaparecimentos, perdão entre casais ou mesmo histórias de pessoas que fazem trabalho voluntário com pessoas em situação de rua em São Paulo (SP).
Com isso, a atração alcançou 8 pontos de média com 14% de share em São Paulo em junho, seu melhor resultado mensal em 24 meses, segundo dados obtidos pela reportagem.
Na última segunda (3), a atração conseguiu 9,1 pontos com picos de 11 pontos e share de 15,4%. O programa ficou em segundo lugar isolado, enquanto a Band, na terceira posição, anotou 4,3 pontos. O SBT veio em seguida, com 4 pontos.
Na versão exibida só para São Paulo, das 17h59 às 19h55, o Cidade Alerta obteve 10 pontos com picos de 11 no início da semana. O principal motivo de tamanho bom resultado foi a cobertura do desaparecimento da menina Isabela da Silva Nascimento, de 2 anos. Ela foi encontrada posteriormente.
Apresentador do programa, Luiz Bacci explicou o motivo da mudança. Para ele, o bom resultado se deve ao crescimento de mulheres telespectadoras e o acompanhamento dos casos que são abordados até o fim, o que dá um tratamento quase de novela às situações.
Bacci concorre com novelas da Globo, o que explica a ideia de se aproximar da audiência feminina. A líder de audiência exibe a reprise de “Mulheres Apaixonadas” (2003), “Amor Perfeito” e “Vai na Fé”.
“Esse resultado de audiência mostra o esforço diário de toda a equipe do programa para, diariamente, ir além da notícia. O público sabe que, no Cidade Alerta, os casos não são esquecidos no dia seguinte. Apresentamos as histórias e todos os desdobramentos. Na minha opinião, essa abordagem criou uma rede de empatia com o telespectador que nos acompanha”, diz.
GABRIEL VAQUER / Folhapress