SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A prefeitura de Imbé, no litoral gaúcho, decretou estado de calamidade pública, apesar de o município não ter sido afetado diretamente pela tragédia no Rio Grande do Sul.
Prefeito Luiz Henrique Vedovato (MDB) explicou que, apesar de não ter sofrido com as enchentes, a cidade já recebeu mais de cinco mil pessoas, e precisa dos recursos para atender os desabrigados.
O decreto também é importante caso haja algum benefício dos governos estaduais e federais para as vítimas da tragédia, afirmou ele em entrevista à Rádio Gaúcha. “[O decreto é] para que as pessoas que estão aqui não percam a oportunidade de ter acesso a algum tipo de benefício que o governo estadual e federal venha a criar, e também que o município receba algum valor que seja, suficiente para a gente prover condições para essa população que está nos procurando”, declarou.
Para o prefeito, é “equivocada” a visão de que essa verba seria mais necessária em locais atingidos pelas chuvas. “Não vai faltar recurso em outras cidades porque talvez Imbé venha a receber recursos”, disse. “O orçamento que porventura venha a ser compartilhado com Imbé também é para dar atendimento às pessoas que tiveram algum tipo de problema em relação à catástrofe”.
“Não adianta mandar o dinheiro para Roca Sales, São Leopoldo, para Nova Hamburgo, o dinheiro todo, se algumas pessoas de lá estão aqui também. Elas merecem atendimento também”.
Dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, 425 foram afetados pelas enchentes. Ao menos 107 pessoas morreram outras 136 estão desaparecidas.
Redação / Folhapress