SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Embora atravesse um momento de crise atualmente, com apenas uma vitória em seus últimos 12 jogos, o que fez até o técnico Pep Guardiola questionar seu próprio talento, o Manchester City mudou de patamar no futebol europeu recentemente, com suas primeiras conquistas na Champions League e no Mundial de Clubes da Fifa.
Os dois troféus foram alcançados na histórica temporada de 2023, em que o time da Inglaterra se tornou apenas o décimo clube da Europa a festejar uma tríplice coroa –triunfo na copa nacional, na liga nacional e no principal torneio continental. O Mundial de Clubes, rebatizado como Copa Intercontinental, tem para os europeus somente o gosto de cereja do bolo.
Ainda que não seja tão celebrado por eles quanto é pelos sul-americanos que alcançaram o troféu, o Mundial, por sua sequência, longevidade e cunho oficial, oferece a maior pontuação no Ranking Folha do futebol mundial, uma classificação histórica publicada desde 2002.
O Manchester City saltou 61 posições no ranking desde sua última edição, publicada em abril de 2023. Os ingleses saíram da 93ª colocação para figurar na 32ª, com 220 pontos.
Isso faz da equipe a quarta mais bem colocada entre as da Inglaterra. Liverpool (6º), Manchester United (15º) e Chelsea (22º) aparecem à frente do City, que agora está colado ao Corinthians, o 31º, com 240 pontos, acumulados sobretudo pelas conquistas do Mundial (2000 e 2012) e da Libertadores (2012).
O clube brasileiro mais bem colocado no ranking continua sendo o São Paulo, que fecha o grupo dos dez primeiros colocados, com 630 pontos.
O pelotão de cima teve poucas variações nos últimos anos, com amplo domínio do Real Madrid. O atual campeão da Champions e do Mundial de Clubes da Fifa somou 160 pontos desde a última edição da classificação histórica e chegou a 1.950, quase o dobro do Milan, o segundo da lista, com 1.010.
No top 3, houve uma importante mudança, já que o Boca Juniors conseguiu se descolar do Bayern de Munique para fechar o pódio. Vice-campeão da Libertadores em 2023, o time argentino chegou aos 1.000 pontos e deixou os alemães para trás, na quarta posição, com 960.
O time sul-americano que mais ganhou posições no período foi o Fluminense, algoz do Boca na decisão continental. A equipe carioca somou 130 pontos, chegou a 180 e saltou da 102ª posição para a 34ª. A formação tricolor das Laranjeiras só não subiu mais porque acabou derrotada pelo Manchester City na decisão do Mundial.
Também saltou na classificação o Botafogo, atual campeão da Libertadores. No ano mais glorioso de sua história, o time ganhou 70 pontos no ranking internacional, chegou a 90 e ganhou 106 posições, saindo da 175ª posição para a 69ª.
O time carioca não teve escalada maior porque caiu logo na estreia na Copa Intercontinental, nas quartas de final. O alvinegro carioca foi derrotado pelo Pachuca, do México, que avançou até a decisão. Na final, na última semana, os mexicanos acabaram derrotados pelo Real Madrid.
Com o vice-campeonato mundial, o Pachuca também ganhou posições. Saiu da 64ª colocação e foi para a 46ª, com 155 pontos.
Perguntas e respostas sobre o Ranking Folha
Desde quando o Ranking Folha de futebol é feito?
A primeira edição do ranking nacional é de 1996. Desde então, a lista passou por modificações, correções e revisões. A última grande revisão ocorreu em 2010. O ranking mundial começou a ser publicado em 2002 e segue as mesmas diretrizes da lista nacional.
Quem entra no Ranking Folha?
No ranking nacional só aparecem times que somaram pontos (foram campeões ou vice) em competições nacionais ou internacionais. No ranking mundial, apenas aqueles que pontuaram em torneios internacionais.
Quais são os torneios considerados?
Para entrar no ranking, um torneio precisa ter grande representatividade, cunho oficial e sequência. Assim, campeonatos disputados só uma vez e sem perspectiva de novas edições, como os supercampeonatos realizados em alguns estados em 2002, são desconsiderados. Também não rendem pontos para o ranking torneios como Copa Rio, Copa Suruga, Supercopa do Brasil e Copa Flórida, entre outros.
Por que torneios disputados por apenas dois clubes, como a Recopa Sul-Americana, não dão pontos ao vice?
Toda equipe que participa de um torneio como esse já foi bonificada, já que ele reúne vencedores de competições prévias. Não seria lógico ter um time pontuando onde só fracassou.
Redação / Folhapress
