SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A CNM (Confederação Nacional de Municípios) calcula em R$ 8,9 bilhões o valor do prejuízo de municípios gaúchos atingidos por fortes chuvas desde o fim de abril.
Dados são parciais e número pode aumentar. A CNM diz que, dos R$ 8,9 bilhões em prejuízos, pelo menos R$ 2,4 bilhões são no setor público, R$ 1,9 bilhão no setor privado e a maioria desse cálculo refere-se ao setor habitacional, com R$ 4,6 bilhões. Até o momento, segundo a confederação, 105,6 mil habitações foram impactadas com os temporais.
Prejuízo corresponde a apenas 73 municípios. Essas cidades começaram a inserir os valores de prejuízos públicos e privados. Os dados são atualizados diariamente. Ao todo, 446 cidades gaúchas foram afetadas pelas chuvas torrenciais das últimas semanas. Ou seja, boa parte dos municípios ainda não entrou na conta sobre os prejuízos calculados pela CNM.
Além dos 148 óbitos, há 124 desaparecidos e 806 pessoas feridas. A informação é de boletim publicado pela Defesa Civil. Mais de 2,1 milhões de pessoas foram afetadas pelas chuvas. Há 538.545 desalojados e 76.884 pessoas em abrigos.
Quase 95% da atividade econômica do Rio Grande do Sul -exatamente 94,3%- foi afetada pelas cheias que arrasaram o Estado, de acordo com a Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul).
Entre os locais mais atingidos, na Região da Serra o destaque vai para a produção nos segmentos metalmecânico (veículos, máquinas, produtos de metal) e móveis, enquanto na Região Metropolitana de Porto Alegre estão os metalmecânico (veículos, autopeças, máquinas), derivados de petróleo e alimentos.
Já na Região do Vale dos Sinos tem grande relevância a produção de calçados; e no Vale do Rio Pardo, destacam-se os segmentos de alimentos (carnes, massas) e tabaco. Por fim, a Região do Vale do Taquari é forte nos segmentos de alimentos (carnes), calçados e químicos.
Redação / Folhapress