PARIS, FRANÇA (FOLHAPRESS) – O Comitê Olímpico Internacional (COI) vai decidir no ano que vem se incluirá o boxe na programação dos Jogos Olímpicos de Los Angeles-2028, com a condição de encontrar uma federação internacional para organizar a competição, afirmou nesta sexta-feira (9) o presidente da entidade, Thomas Bach.
O alemão anunciou que a decisão final de manter ou retirar a modalidade do quadro olímpico será tomada “no ano que vem”, idealmente no primeiro semestre, sem dar mais detalhes. “Nossa posição é muito clara: o COI não organizará o boxe em Los Angeles sem um parceiro confiável”, afirmou.
O boxe estreou nos Jogos modernos em St. Louis-1904 e continuou desde então, com a única exceção de 1912, em Estocolmo, já que as leis suecas proibiam esse esporte.
Nos Jogos de Tóquio-2020, o COI assumiu a organização da competição após retirar essa responsabilidade da Associação Internacional de Boxe (IBA) em 2019.
O comitê designou um grupo de trabalho responsável pelos torneios de Tóquio e Paris.
Dirigida desde o final de 2020 pelo russo Umar Kremlev, a IBA perdeu definitivamente o reconhecimento olímpico no ano passado.
O conflito entre as duas partes atingiu seu ápice em Paris devido à polêmica que envolveu duas boxeadoras, a argelina Imane Khelif e a taiwanesa Lin Yu-ting, que haviam sido desclassificadas pela IBA do Mundial feminino de 2023 por não serem aprovadas num teste de elegibilidade de gênero cujos detalhes não foram divulgados.
Nesta sexta, Bach voltou a afirmar que as atletas “são mulheres” e deveriam ter o direito de participar de competições femininas.
Lançada no ano passado por iniciativa dos Estados Unidos, a organização mundial de boxe iniciou em maio negociações com o COI para assumir o torneio olímpico, mas até agora tem enfrentado dificuldades para atrair um número significativo de federações nacionais, às quais a IBA oferece maiores garantias financeiras.
“Se as federações nacionais querem que seus atletas ganhem medalhas olímpicas, devem se organizar em torno de uma federação internacional confiável e bem administrada”, disse Bach.
Redação / Folhapress