SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Após ser palco de protestos estudantis contra a guerra na Faixa de Gaza durante semanas, a Universidade Columbia, em Nova York, cancelou a cerimônia de formatura programada para o próximo dia 15 de maio e decidiu fazer eventos menores para marcar a conclusão dos cursos.
Em vez do tradicional evento com todos os alunos, os estudantes terão homenagens individuais ao lado de seus pares em dias diferentes. A maioria das cerimônias, que deveria acontecer no campus Morningside Heights, onde ocorreram os protestos, será transferida para o principal complexo atlético da universidade, segundo o comunicado.
“Estamos determinados a dar aos nossos alunos a celebração que eles merecem e desejam”, afirmou a instituição de ensino. “Nossos alunos enfatizaram que essas celebrações em menor escala das escolas são as mais significativas para eles e suas famílias. Eles estão ansiosos para atravessar o palco sob aplausos, sentindo o orgulho de suas famílias, e ouvir os palestrantes convidados de suas escolas.”
A universidade no distrito de Manhattan foi o epicentro dos protestos que se espalharam por dezenas de instituições no mundo. Na metade de abril, estudantes de Columbia montaram barracas na universidade para protestar contra a guerra na Faixa de Gaza e foram seguidos por alunos de outras instituições dos Estados Unidos e de países como Austrália, França e Canadá
O acampamento foi alvo de duas ações policiais que levaram a mais de 200 prisões. A primeira tentou, sem sucesso, desmontar as barracas. Na segunda, agentes foram chamados para desocupar um prédio da universidade tomado pelos manifestantes horas depois de a direção de Columbia dar um prazo para o fim do acampamento, sob risco de punição a quem não saísse.
Redação / Folhapress