Com Ancelotti no horizonte, Ramon espera decisão da CBF sobre seu futuro

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O técnico interino Ramon Menezes falou em entrevista coletiva após a derrota do Brasil por 4 a 2 para Senegal em amistoso disputado nesta terça-feira, em Lisboa. Ele aguarda um posicionamento da entidade sobre seu futuro.

“É momento de descansar, vou esperar o contato do presidente para a gente sentar, conversar, ver a minha posição dentro da CBF”, afirmou o treinador, que viu características positivas no amistoso em Portugal.

“O mais importante é coragem. Hoje poderíamos ter saído com o trabalho coroado, que era nosso objetivo, mas na nossa profissão ou ganha ou aprende. E aprendemos.”

O treinador também mostrou que pode contribuir na transição do cargo vago na seleção até a eventual chegada de Carlo Ancelotti. “Todas as vezes que precisar eu vou estar pronto para ajudar. Acho que isso faz parte da minha personalidade, que é coragem.”

Veja a entrevista de Ramon Menezes na íntegra:

Análise da partida

“Não era o resultado esperado, trabalhamos muito nessa semana, vocês viram todo o trabalho. Um jogo muito difícil, contra uma equipe que foi muito bem na Copa do Mundo, sabíamos da dificuldade que enfrentaríamos. Foi uma grande lição. O jogo em si teve um bom começo nosso, com controle das ações, fazendo o que trabalhamos. Fizemos o gol logo aos 10 minutos, com Paquetá, pudemos ampliar em seguida, e enfrentamos uma grande equipe também. Jogadores acostumados com esse tipo de jogo. Controlaram também o primeiro tempo, tomamos um gol. No segundo tempo, tiveram a felicidade do segundo gol e buscamos organização levando o adversário para trás. Circulamos muito essa bola, mas com pouca definição no último terço. E na chance que tiveram, Mané fez o terceiro gol com muita felicidade. Tivemos mais posse de bola, mas eles foram mais efetivos no último texto, mesmo com pouquíssimas oportunidades fizeram os gols”.

Competitividade

“A gente cobra muito isso no futebol: competir. O grupo sabe disso, é experiente, sabe que precisamos competir. Não temos o que falar de talento, sabíamos que era jogo de competição, jogo de primeira e segunda bola. Eles perdem a bola e tentam matar a transição”.

Futuro na CBF

“Todas as vezes que precisar eu vou estar pronto para ajudar. Acho que isso faz parte da minha personalidade, que é coragem. Estou aqui para ajudar a seleção em todas as vezes que o presidente precisar”.

Personalidade

“O mais importante é coragem. Hoje poderíamos ter saído com o trabalho coroado, que era nosso objetivo, mas na nossa profissão ou ganha ou aprende. E aprendemos. É importante para o grupo que enfrentará vários desafios pela frente”.

Transição para o Ancelotti?

“É momento de descansar, vou esperar o contato do presidente para a gente sentar, conversar, ver a minha posição dentro da CBF. E sempre com o objetivo de ajudar”.

Notícias sobre Ancelotti atrapalharam a preparação?

“Vou falar do resultado, saímos todos chateados. Não era o resultado esperado. E quero falar da minha personalidade, tá? Da minha coragem. De todas as vezes que o presidente solicitar, estarei à disposição. Sabíamos que enfrentaríamos um adversário muito forte. Vocês viram todo o trabalho. É muito ruim perder, mas o grupo sai daqui também… Ganhando casca também. Foi um jogo de Copa do Mundo. Um jogo difícil também, com alguns jogadores tendo oportunidade de jogar na seleção, os novos atletas convocados. Com esse grupo, que é muito forte, mas o futebol é… Tivemos mais posse de bola, começamos muito bem o jogo, fizemos o gol aos 10 minutos, aos 12 tivemos grande chance e poderíamos ter feito 2 a 0, mas o futebol não tem o se. Jogamos contra equipe preparada, que joga junto há muito tempo, chegaram poucas vezes e fizeram os gols. Nós com mais posse, empurrando Senegal para trás, mas no último terço não tivemos poder de definição”.

Ednaldo falou com você sobre Eliminatórias?

“Não falou. Agora é descansar também. Provavelmente vamos conversar, sou funcionário da CBF e estou à disposição. Com coragem e muita confiança para seguir fazendo meu trabalho”.

Se for último jogo, qual é o sentimento?

“Difícil falar de se, sou treinador da sub-20, tenho algumas situações dentro da CBF também. O momento é de descansar, esfriar a cabeça, o presidente vai conversar comigo e eu estarei à disposição. Perder não é legal, não é bom, mas faz parte da profissão. Ou você ganha ou você aprende. Tudo serve como lição. E vai ser assim. O grupo vai enfrentar grande dificuldade com Eliminatórias e Copa América até a Copa do Mundo. É casca, pode acontecer”.

Redação / Folhapress

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