RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Com a presença de chefes de Estado e de governo de mais de 20 países, a 17ª Cúpula do Brics transforma o Rio de Janeiro em zona de segurança máxima de 5 a 8 de julho. O encontro, que terá como palco principal o MAM (Museu de Arte Moderna), no Aterro do Flamengo, inclui o emprego de caças com mísseis, atiradores de elite (snipers) e bloqueios de ruas em pontos estratégicos da capital fluminense.
A operação, que conta com mais de 20 mil agentes das Forças Armadas e de forças de segurança estaduais, muda de forma significativa a rotina da cidade, sobretudo nas zonas sul e central. A movimentação de delegações diplomáticas exigirá interdições de ruas, acesso restrito a bairros como Copacabana e Flamengo e até o fechamento temporário do aeroporto Santos Dumont, no centro, nos dias 6 e 7 de julho.
O decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) que permite a operação foi assinado pelo presidente Lula, na noite de terça-feira (1º). O período de atuação dos militares começou na quarta-feira (2) e vai até 9 de julho.
Durante o ápice da programação, no domingo (6) e na segunda (7), o tráfego aéreo no Santos Dumont será suspenso, e os passageiros serão direcionados ao aeroporto internacional do Galeão. A decisão foi tomada devido à proximidade do aeroporto com o MAM e aos protocolos de segurança aérea.
A Infraero informa que as companhias aéreas decidirão sobre realocações de voos. O entorno do Galeão também terá reforço de policiamento, com possibilidade de bloqueios temporários nas principais vias de acesso, como a Linha Vermelha e a avenida Brasil.
O esquema prevê o deslocamento terrestre, aéreo ou marítimo das autoridades, de acordo com a necessidade. O plano contempla ainda soldados posicionados nas principais rotas, como a avenida Atlântica e o Aterro do Flamengo, além da instalação de grades de contenção e controle de acesso 24 horas em bairros como Copacabana.
Para garantir a proteção dos chefes de Estado, foram criadas áreas de exclusão aérea com monitoramento constante feito por aviões-radar modelo E-99M e caças com mísseis. Se uma aeronave não autorizada desrespeitar as determinações da Aeronáutica, a legislação brasileira prevê que ela pode ser abatida por ordem do presidente da República ou do comandante da Força Aérea.
O uso de caças armados recurso que só havia sido utilizado no Brasil durante a Olimpíada de 2016 será reforçado por equipamentos antidrone e por snipers posicionados em prédios próximos ao MAM e ao trajeto das comitivas. O patrulhamento também se estende à Baía de Guanabara, sob responsabilidade da Marinha, que tem como missão proteger inclusive estruturas sensíveis, como cabos submarinos de telecomunicação na orla do Recreio.
O governo do estado do Rio escalou cerca de 17 mil policiais civis e militares para atuar em conjunto com as Forças Armadas. O esquema estadual inclui ainda agen
ALÉXIA SOUSA / Folhapress