SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com as derrotas em segundo turno de Guilherme Boulos, pela Prefeitura de São Paulo, e de Yuri Moura, por Petrópolis, no Rio de Janeiro, o PSOL não conseguiu eleger nenhum prefeito nas eleições municipais deste ano.
O partido se junta a siglas como o PSTU, PCB, PCO e UP, que também não conseguiram votos para comandar qualquer cidade do Brasil, nestas eleições.
A eleição de Boulos era prioridade para o partido, mas o candidato perdeu para Ricardo Nunes (MDB), reeleito com 59,35% dos votos contra 40,65% do psolista. Já Moura perdeu a Prefeitura de Petrópolis para Hingo Hammes (PP), que conseguiu 74,70% dos votos. Em Belém, o prefeito Edmilson Rodrigues, também do PSOL, tentou a reeleição, mas ficou em terceiro lugar já no primeiro turno, com apenas 9,78% dos votos válidos.
Segundo dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o PSOL tinha 210 candidatos na corrida por prefeituras ao redor do país. Entre os outros partidos que não saíram vitoriosos, o PCO tinha 43 candidatos, seguidos por PSTU (37), UP (22) e PCB (9).
Isso ocorre em meio a um histórico de pressões, desavenças e debandadas na esfera municipal que levaram o PSOL a perder três dos seus cinco prefeitos eleitos em 2020, que trocaram de partido em suas tentativas de concorrer a um novo mandato.
O histórico também não joga a favor do partido, fundado em 2005 como uma dissidência do PT dos 9 prefeitos eleitos pelo PSOL desde 2012, apenas 4 permaneceram no partido. Dois dos que ficaram concorreram à reeleição, mas sem sucesso.
O PSOL integra, desde 2022, uma federação partidária com a Rede, que conseguiu eleger quatro prefeitos no primeiro turno das eleições deste ano. A federação funciona, sobretudo, para que os partidos menores sobrevivam à cláusula de barreira, que, pela reforma política de 2017, está se tornando mais alta a cada eleição.
Redação / Folhapress