SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Diante de sua torcida, a Nova Zelândia estreou com uma histórica vitória por 1 a 0 sobre a Noruega, nesta quinta-feira (20), no Eden Park, em Auckland (Nova Zelândia), pela primeira rodada do Grupo A da Copa do Mundo feminina. Wilkinson assegurou o primeiro triunfo neozelandês em Mundiais femininos.
A partida aconteceu horas depois de um tiroteio em Auckland que deixou três mortos. Antes da partida, foi respeitado um minuto de silêncio.
Em campo, a Nova Zelândia conseguiu, no 16º jogo, sua primeira vitória na história das Copas do Mundo femininas. O triunfo garantiu provisoriamente a primeira colocação do Grupo A. Filipinas e Suíça ainda jogam.
Foi também o maior público da história do futebol da Nova Zelândia. 42.137 pessoas foram ao Eden Park.
A partida ainda inaugurou em Copas o anúncio da decisão do árbitro para o público após revisão do VAR. O lance aconteceu aos 44 minutos do segundo tempo, em pênalti marcado para as donas da casa, e desperdiçado por Percival.
Antes de a bola rolar, aconteceu também a cerimônia de abertura do Mundial feminino. Ela fez referência à cultura das anfitriãs Austrália e Nova Zelândia.
COMO FOI O JOGO
Os torcedores presentes no Eden Park respeitaram um minuto de silêncio em homenagem às vítimas do tiroteio que aconteceu em Auckland horas antes do início do Mundial. As jogadoras se reuniram no círculo central.
Nova Zelândia dominou, mas pouco chegou ao gol. Donas da casa, as neozelandezas controlaram a posse de bola, ditaram o ritmo de jogo, mas pararam na zaga adversária. Já as norueguesas tentavam construir quando tinham a bola nos pés, e partiam em velocidade após um corte ou roubada de bola.
Referências isoladas. Principal nome da Nova Zelândia, Wilkinson sofreu para se livrar da defesa adversária e finalizar com clareza durante a primeira etapa. Do outro lado, Ada Hegerberg passou grande parte do primeiro tempo isolada no ataque.
Brilhou a estrela de Wilkinson. A Nova Zelândia manteve a postura, e abriu o placar no início do segundo tempo. Principal nome da seleção anfitriã, a centroavante aproveitou um contra-ataque de manual para marcar o primeiro da Copa do Mundo feminina 2023.
Nova Zelândia dominou o segundo tempo, segurou ‘abafa’ norueguês e viu Percival perder pênalti. As donas da casa ditaram o ritmo de jogo em grande parte da etapa final, tiveram liberdade para atacar e até ampliar o marcador. A melhor chance veio em pênalti, desperdiçado por Percival craque do time, Wilkinson havia sido substituída. Nos minutos finais, as norueguesas se lançaram ao ataque para buscar, na raça, o empate, mas bateram na trave.
NOVA ZELÂNDIA
Esson; Bott, Stott (Bunge), Bowen e Ali Riley; Percival, Hassett e Steinmetz; Indiah-Paige Riley, Hand (Reninie) e Wilkinson (Satchell). Técnica: Jitka Klimkova
NORUEGA
Mikalsen; Bjelde (Sonstevold), Mjelde, Harviken e Tuva Hansen; Maanum (Risa), Engen e Reiten; Caroline Hansen, Blakstad (Haavi) e Ada Hegerberg. Técnica: Hege Riise
Estádio: Eden Park, em Auckland (Nova Zelândia)
Público: 42.137 pessoas.
Árbitro: Yoshimi Yamashita (Japão)
Assistentes: Makoto Bozono (Japão) e Naomi Teshirogi (Japão)
Cartões amarelos: Haavi (NOR)
Gol: Wilkinson (NOV), aos 2 minutos do segundo tempo
CAROLINA ALBERTI / Folhapress