Como a sorte de um gaúcho torcedor do Flu virou rifa para viagem ao Mundial

JIDDAH, ARÁBIA SAUDITA (UOL/FOLHAPRESS) – Victor Leal é um gaúcho apaixonado pelo Fluminense e foi ao Rio para a final da Libertadores. Em um misto de sorte e acaso, ele dividiu voo com o elenco dias depois do título, e do encontro surgiu a peça que está sendo sorteada em rifa e que será o passaporte para ir ao Mundial de Clubes, na Arábia Saudita.

O QUE ACONTECEU

Victor é de Pelotas e voltava para casa, dias após a decisão no Maracanã, quando encontrou o elenco do Fluminense no aeroporto. A delegação foi para Porto Alegre no mesmo voo que ele.

Os comandados do técnico Fernando Diniz estavam a caminho do duelo com o Internacional, no Beira-Rio, pelo Brasileiro.

“Eu estava em um voo que sairia do Santos Dumont, mas troquei para um que sairia do Galeão. Quando cheguei, a delegação do Fluminense estava no meu voo, indo para o jogo contra o Internacional. Eu não acreditei! Eu estava vestindo uma camisa do Fluminense, mas abri a mala, peguei uma branca, consegui uma caneta e pedi a assinatura de todo mundo no avião. Quando voltei para casa, já estava vendo para emoldurar e veio a ideia de fazer uma rifa para o Mundial”, diz Victor.

O time tricolor criou a rifa em uma plataforma virtual e a venda de cada número foi R$ 10, com sorteio marcado para quinta. “O intuito é usar esse valor para custos da viagem para a Arábia Saudita. Tive ajuda de amigos, alguns conhecidos cariocas divulgaram em grupos. Ainda falta bastante, mas eu coloquei como meta o valor total da viagem”, contou Victor, que terá o auxílio da “Fred Sports Tour”, que ofereceu serviço aos torcedores para o Mundial.

GAÚCHO E TORCEDOR DO FLU?

Victor nasceu em Pelotas, 262km de Porto Alegre, e sempre acompanhou futebol, principalmente por conta do Esporte Clube Pelotas, que disputa a segunda divisão do Rio Grande do Sul.

A relação com o Fluminense começou em 2008, na campanha do time das Laranjeiras na Libertadores —ficou com o vice na ocasião.

“Eu nunca acompanhei um time grande, como seria comum acontecer com Grêmio e Inter. Aqui na cidade há até uma rivalidade com a dupla. O Pelotas só disputa o Estadual, então, assistia às competições por gostar de futebol mesmo. Mas em 2008, quando eu tinha uns 13 anos, com aquela campanha do Fluminense na Libertadores, passei a torcer e virei tricolor fanático”, lembrou.

O torcedor é figura carimbada nos jogos do Tricolor em Porto Alegre e, de vez em quando, consegue ir ao Rio para apoiar o time.

Na campanha da Libertadores de 2023, foi ao Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, na Argentina. “Fui contra o River Plate. É viável ir de carro daqui da minha cidade até Buenos Aires”.

A viagem mais recente à Cidade Maravilhosa foi para a final da competição continental, mas o que ele não sabia é que teria mais emoções após o título.

ALEXANDRE ARAUJO / Folhapress

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