SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O São Paulo negociou por meses com o médico Eduardo Rauen, e a presença do presidente Julio Casares na Copa América foi o empurrão que faltava para o clube se decidir pela implementação do novo laboratório no CT de Cotia, o TecFut.
O mandatário teve conversas com atletas como Bruno Guimarães e Gabriel Martinelli durante seu período com a seleção. Ele foi chefe de delegação durante a Copa América nos Estados Unidos.
Quando Casares viajou ainda havia dúvidas em relação ao investimento que precisaria ser feito para tirar a ideia do papel. As conversas com os atletas que já são atendidos por Rauen, que também é nutrólogo, fizeram Casares ter certeza dos benefícios que o TecFut poderia gerar.
Ao retornar do período com a seleção, Casares deu o aval para que o negócio avançasse até ser concretizado. Douglas Schwartzmann, novo supervisor de Cotia, foi quem conduziu o processo desde a idealização e os primeiros contatos até a conclusão.
A ideia do laboratório, que tem máquinas que só Real Madrid e Bayern possuem, é criar um plano alimentar individualizado de acordo com o corpo de cada atleta. Os aparelhos conseguem medir o gasto energético em repouso, em atividade de baixa e de alta intensidade.
Conseguimos mensurar o gasto de energia do atleta na condição de repouso, quanto ele está queimando de gordura, de carboidrato. Imagina que o jogador entra em uma partida com um tanque de gasolina a 60%. A gente vai conseguir entender qual que é a real capacidade do corpo desse atleta utilizar ou estocar essa energia. E fazemos a análise em esforço, para entender o metabolismo dele em diferentes intensidades de corrida, tanto no laboratório quanto no campo. Nós dispomos, também, de um equipamento italiano, que o Real Madrid e o Bayern usam, que é o analisador metabólico de campo. O objetivo é revolucionar e ser um diferencial para o São Paulo Danilo Prado, fisiologista do esporte e um dos responsáveis pelo TecFut
EDER TRASKINI / Folhapress