Como Flamengo fez Andreas se sentir mais brasileiro na seleção

LONDRES, INGLATERRA (UOL/FOLHAPRESS) – O meia Andreas Pereira contou nesta terça-feira (19) como ter jogado no Flamengo o ajudou a se sentir mais brasileiro. O meia nasceu na Bélgica, foi revelado na Inglaterra, mas passou pelo Rio de Janeiro e não abriu mão de defender a seleção. Na passagem, conheceu altos e baixos, do impulso da torcida às críticas por uma falha crucial na final da Libertadores 2021.

“A volta ao Flamengo foi muito importante para reconectar com o povo brasileiro. Sempre joguei fora, na Europa, e foi importante me conectar com a torcida brasileira. Me senti muito à vontade. São raros os jogadores que voltam para a Europa e jogaram em alto nível. Estou desfrutando cada momento”, disse Andreas.

Os dois lados da moeda. “Foi sobre ter responsabilidade. Ser cobrado, viver do céu ao inferno. Foi difícil, fiquei mentalmente mais forte. Me fortaleceu para voltar a jogar na Europa e buscar a vaga na seleção. É saber que o torcedor vai cobrar e tem todo direito, mas representamos o Brasil. A maior seleção do mundo. Sei da minha responsabilidade”.

Quando se sentiu mais brasileiro? “Quando fui jogar no Flamengo, a primeira vez no Maracanã. Senti todo o carinho do torcedor brasileiro. Vi a família perto pela primeira vez. Fiquei muito feliz. Foi muito importante ter essa reconexão. É um orgulho muito grande para mim e para minha família”.

Negativas para a Bélgica e tatuagem “Gigante por natureza”. “É uma história que sempre tive de representar a seleção brasileira. Recusei várias vezes a Bélgica, realizo esse sonho pela segunda vez. Fiz a tatuagem pelo orgulho imenso de ser brasileiro e pela certeza de que voltaria”.

Não sinto necessariamente que há um grande gap entre Brasil e Inglaterra. A última vez que o Brasil venceu um torneio foi há menos tempo do que a Inglaterra. Andreas Pereira

OUTRAS RESPOSTAS DE ANDREAS PEREIRA

Perfil do Dorival

“Conheço o trabalho dele e da comissão. Trabalhei pouco tempo, mas me identifico muito com a ideologia dele, entendo muito bem. Pelo carinho e tudo que ele fez comigo no Flamengo, sou muito agradecido. O dia a dia é muito importante. Não temos muito tempo, muitos jogadores diferentes aqui, de diferentes ideias. A maioria se identifica com o jeito de jogar que ele vai transmitir. Estamos focados e todos com o mesmo foco, o primeiro jogo contra a Inglaterra. Vamos fazer um bom trabalho, tenho certeza”.

No que a Premier League pode ajudar a seleção?”O ritmo de jogo é muito intenso, vocês sabem e acompanham. A Liga da Inglaterra pode ser uma das mais fortes, se não for a maior pela intensidade e qualidade. Não só os ingleses, mas a qualidade dos estrangeiros. Podemos ajudar aqui com a intensidade da Premier”.

Importância da convocação depois de não querer sair do Brasil

“Não tenho palavras sobre a importância para mim e família. O que passei no Flamengo, minha lesão no Fulham. É muito gratificante saber que estou sendo acompanhado, monitorado. Fiquei feliz com a visita do Dorival, muito importante para mim. Isso dá confiança a todos os jogadores. Foi uma convocação imensa, é um sonho se tornando realidade”.

Estabilidade contra o momento instável do Brasil

“Não sentimos muita diferença. O Brasil sempre terá grandes jogadores, grande time. Inglaterra também, eu respeito, jogo na Premier League e tenho essa honra. Estamos prontos com certeza e somos capazes de ganhar”.

Momento no clube

“Vivo grande momento, muito feliz no Fulham. Todos me ajudam a ter oportunidades, me sinto em casa em Londres. Vivo um dos melhores momentos da minha carreira”.

Como se sente vivendo parte desse momento antes de jogar em Wembley

“É muito animador jogar aqui. Uma grande honra fazer parte da seleção nesse reinício. Conheci vários jogadores no United e Fulham. Há muitos jogadores que o Brasil gosta, como Rashford, Saka. Voltar depois de seis anos é um sonho. É uma grande oportunidade de defender o Brasil, ainda mais contra a Inglaterra. É muito especial para mim e minha família. Vini Jr, Rodrygo, Richarlison, posso falar de todo o time que os ingleses gostam”.

Endrick

“Vi um treino nesta segunda-feira (18). O vi no Flamengo, sabemos do que ele é capaz. Vemos seu desenvolvimento, é um grande jogador, com potencial alto. Ele vai ser um grande jogador com certeza”.

LUCAS MUSETTI PERAZOLLI E THIAGO ARANTES / Folhapress

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