Como vai ser a vida do governador de SP, com sede no centro e residência no Morumbi

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O governo de São Paulo planeja transferir a sede administrativa do Morumbi, na zona sul da capital, para o bairro dos Campos Elíseos, na região central, perto da “cracolândia”. O plano é que o novo centro administrativo esteja pronto em 2029.

Apesar da mudança, o governador continuará morando e trabalhando no mesmo lugar: o Palácio dos Bandeirantes.

Gestão de Tarcísio de Freitas não detalhou por que o governador não passará a ter residência fixada no centro. A “cracolândia”, área vizinha ao novo prédio, é conhecida pelo consumo de drogas e pelas operações policiais violentas contra dependentes químicos.

A primeira-dama, Cristiane Freitas, gosta do Morumbi, dizem interlocutores de Tarcísio. O governador mantinha um apartamento no bairro antes de ser eleito. Hoje, o casal vive na ala residencial do palácio.

Mudança da sede administrativa é uma das promessas de campanha de Tarcísio. Em entrevistas recentes, o governador afirmou que a transferência vai ajudar a recuperar o centro da capital. O custo estimado é de R$ 4 bilhões. A previsão é que as obras comecem em março deste ano.

O gabinete do governador no Morumbi está a 12,5 quilômetros de distância da nova esplanada. O tempo médio de deslocamento entre os dois locais é de cerca de 50 minutos. O novo centro administrativo vai abrigar as secretarias de estado, autarquias e empresas públicas, além de um gabinete para despachos do governador.

O governo paulista conta com mais de 22 mil funcionários que trabalham em 60 prédios em diferentes áreas da capital. De acordo com a gestão, a centralização na nova sede do governo permitirá maior eficiência administrativa, otimizando recursos da gestão pública.

COMO É O PALÁCIO DOS BANDEIRANTES, LAR DE TARCÍSIO

O Palácio dos Bandeirante passou a ser a sede do governo paulista em 1964. O prédio foi construído originalmente para abrigar uma universidade.

O Bandeirantes tem 21 mil metros quadrados de área construída e um jardim de quase 125 mil metros quadrados. O espaço também conta com heliponto e obras de arte. Alckmin e José Serra (PSDB) moraram lá quando governadores. João Doria (então PSDB) só se mudou no auge da pandemia, após relatar ameaças.

O local também mantém ainda um extenso acervo histórico e cultural. Podem ser vistas obras de artistas nacionais como Tarsila do Amaral e Cândido Portinari, além de peças e obras dos ex-governadores. A visitação é gratuita para o público. O palácio possui cerca de 4 mil obras expostas nas diversas salas e espaços. São pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, móveis, louçaria, prataria e tapeçaria, dos séculos 17 ao 21.

A ala residencial do Bandeirantes tem 668 metros quadrados. São 15 cômodos, sendo uma suíte master, dois banheiros, uma sala principal com quadros, um piano de cauda e alguns sofás.

O palácio está rodeado por jardins com árvores nativas e exóticas. Os bosques do Palácio dos Bandeirantes reúnem cerca de 2 mil árvores, divididas entre 200 espécies nativas e exóticas. A riqueza desse acervo natural foi reconhecida por um decreto de 1989, que considera patrimônio ambiental e declara imune ao corte todos os exemplares arbóreos do palácio.

Em 2019, Doria reformou salões, corredores e a área residencial a um custo de R$ 1,16 milhão. Na época, o governador afirmou que as mudanças eram necessárias para manutenção.

Redação / Folhapress

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