SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Comemora-se neste domingo (2) o Dia do Bombeiro Brasileiro. A data foi instituída pelo decreto nº 35.309, de 2 de abril de 1954, e foi escolhida porque foi em 2 de julho de 1856 que dom Pedro 2º determinou a criação do Corpo Provisório de Bombeiros da Corte, a primeira corporação do gênero no país.
De lá para cá, grupamentos de bombeiros multiplicaram-se e espalharam-se pelo país. São atualmente 63.644 bombeiros na ativa, sendo 55.949 homens e 7.695 mulheres, de acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Conheça abaixo um pouco dessa história e relembre na galeria de fotos a seguir operações de resgate e combate a incêndios que marcaram o país.
*Primeiros bombeiros*
Segundo registros do Arquivo Nacional, até o fim do século 18, o combate a incêndios no Rio de Janeiro ficava a cargo de funcionários da Repartição de Obras Públicas, que ao ouvirem o ‘toque de fogo’ ou ‘sinais de incêndio’ deixavam suas ocupações e dirigiam-se ao local com baldes, cordas e escadas.
Nessas ocasiões, era comum algumas pessoas aproveitarem a situação para furtar bens do local em chamas. A força policial tentava intervir, mas pouco contribuía.
Então, em 12 de agosto de 1797, foi determinado que competiria ao Arsenal de Marinha o serviço de extinção de incêndios, tendo em vista sua experiência no combate ao fogo em embarcações.
A definição contribuiu para melhorias no atendimento às ocorrências, mas permaneceu o conflito entre quem deveria atuar nos casos e foi nessa conjuntura que o imperador instituiu a nova corporação, comandada pelo major João Batista de Morais Antas.
*Corpo de Bombeiros em São Paulo*
Enquanto no Rio era organizada uma corporação, em São Paulo o combate a incêndios competia aos homens do Corpo Municipal Permanente, a força policial responsável por atividades como patrulhamento e condução de presos.
Foi assim até 1880. De acordo com a Polícia Militar, em 15 de fevereiro desse ano, um incêndio na biblioteca da Faculdade de Direito do Largo São Francisco escancarou o que episódios de diferentes proporções mostravam a cada ano: era preciso investir em equipamentos e ter uma equipe dedicada ao combate ao fogo.
No dia seguinte, o deputado Ferreira Braga propôs a criação de uma Seção de Bombeiros, composta por 20 homens, e em 10 de março foi publicada a lei nº 6. Estava criada a corporação no estado.
Os 20 membros de 1880 transformaram-se em milhares e, em 2022, o Corpo de Bombeiros de São Paulo possuía 20 grupamentos, 8.000 bombeiros e 2.400 viaturas. De janeiro a dezembro do ano passado, foram 2,5 milhões de ligações para o número 193, 235 mil resgates e 44 mil incêndios.
Redação / Folhapress