RÁDIO AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio

Consumo de energia no Brasil bate recorde histórico em meio a onda de calor

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A forte onda de calor pelo país levou o consumo diário de energia a recorde nesta quarta-feira (12), segundo dados preliminares divulgados pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).

O operador já havia registrado dois recordes consecutivos no pico da demanda de energia, mas a média diária ainda não havia batido os 93.144 MW (megawatts) médios de 22 de janeiro de 2024. Nesta quarta, chegou a 93.813 MW médios.

Foi um dia de elevada sensação térmica principalmente em estados do Sul e do Sudeste do País. Em São Paulo, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas), a temperatura chegou a bater 33°C no Campo Limpo, na zona sul, e 32°C em Itaquera, na zona leste.

No Rio de Janeiro, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a temperatura chegou a 38,1°C em Jacarepaguá, na zona oeste, o maior patamar verificado pelo instituto em todo o Brasil durante a quarta.

Neste mesmo dia, o Brasil registrou recorde de demanda instantânea, com 13.785 MW às 14h42, quebrando o recorde de 103.355 MW verificado às 14h37 do dia anterior. O pico do consumo ocorre no início da tarde pelo elevado uso de aparelhos de ar-condicionado.

O ONS entende que o sistema elétrico nacional está preparado para enfrentar o crescimento do consumo. “A capacidade de geração é bem maior que o consumo atual e os reservatórios estão em bom nível”, concorda o ex-diretor geral o operador, Luiz Eduardo Barata.

Nos horários de maior consumo, o excesso de energia provocado pela expansão desordenada das energias renováveis nos últimos anos tem inclusive gerado problemas para a gestão do setor, já que é necessário desligar geradores para manter o equilíbrio do sistema.

Segundo o boletim da operação do ONS divulgado nesta quinta, as hidrelétricas contribuíram com 65,12% da geração de energia para atender o consumo recorde de quarta. A energia solar contribuiu com 11,06% e a energia eólica, com 9,7%.

Há uma semana, em reunião do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico), o operador disse que o período de chuvas tem ajudado a recuperar os níveis dos reservatórios, o que deixa o sistema em condições favoráveis de abastecimento este ano.

“Iniciamos 2025 com um cenário bastante positivo em relação ao avanço dos níveis de armazenamento dos reservatórios”, disse, em nota, o diretor-geral da entidade, Marcio Rea. “O SIN [Sistema Interligado Nacional] está preparado para atender a demanda nos próximos meses.”

O nível médio de armazenamento dos reservatórios fechou janeiro em 64%, três pontos percentuais acima do verificado em 2024.

Redação / Folhapress

COMPARTILHAR:

Mais do Colunista

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.