BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Ascema (Associação Nacional de Servidores Ambientais) afirma que a contraproposta apresentada pelo governo federal na quinta-feira (1º) para reestruturação da carreira da categoria foi insuficiente e mostra desconhecimento sobre o trabalho do especialista em meio ambiente.
A entidade disse que as paralisações de servidores serão mantidas. A próxima reunião entre o governo e a categoria deve ser realizada em 16 de fevereiro.
Levantamento da associação aponta que a paralisação de funcionários das carreiras do meio ambiente derrubou em 92,6% o número de autos de infração aplicados pelo Ibama nas duas primeiras semanas de 2024.
Em nota divulgada nesta sexta-feira (2), a Ascema afirma que “os impactos gerados no meio ambiente e na economia decorrentes do prolongamento desse processo de negociação são de total responsabilidade do governo”.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos ainda não se manifestou sobre a reunião realizada nesta quinta-feira.
A reivindicação de um novo plano de carreira, aumento de salário e melhores condições de trabalho para o setor foi escalando durante o ano de 2023, até iniciar em 2024 já com paralisações localizadas.
Os servidores reclamam que, apesar de a preservação do meio ambiente estar no centro do discurso do presidente Lula (PT), a carreira não foi valorizada, mesmo após anos de sucateamento e ataques durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
Em nota divulgada nesta sexta-feira, a Ascema afirma que “a proposta apresentada pelo MGI demonstra, na melhor das hipóteses, insuficiência de conhecimento das atribuições que constituem a carreira de especialista em meio ambiente e suas complexidades”.
“Ainda que se possam depreender algumas premissas dos valores de remuneração apresentados, não há uma conexão entre aquilo que a Ascema Nacional apresentou em 9 de outubro de 2023, com o proposto pelo governo”, disse a entidade, sem detalhar as diferenças entre a proposta e a contraproposta.
Redação / Folhapress