SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Coreia do Norte realizou nesta segunda-feira (6) seu primeiro teste de mísseis do ano. A ação foi uma provocação aos Estados Unidos, cujo chefe da diplomacia, Antony Blinken, visitava Seul no momento do disparo.
De acordo com o Exército sul-coreano, o projétil parecia ser um míssil balístico de alcance intermediário. Ele foi lançado por volta do 12h do horário local (0h em Brasília), e atravessou mais de 1.100 km antes de cair no mar.
Falando a jornalistas algumas horas depois, Blinken afirmou que o disparo era
“apenas um lembrete de como é importante o nosso trabalho colaborativo”.
Ele fazia referência à cooperação militar entre EUA, Coreia do Sul e Japão, aprofundada ao longo do governo de Joe Biden questões históricas entre os países asiáticos dificultavam, quando não impediam parcerias entre eles.
Mas a crise política que mobiliza a Coreia do Sul e o retorno iminente de Donald Trump à Casa Branca levantam questões sobre a sustentabilidade desses esforços.
Além disso, se o presidente afastado, Yoon Suk Yeol, for removido permanentemente do cargo, as chances de que as eleições presidenciais convocadas em seguida elejam um líder crítico às tentativas de sua administração de reatar laços com Tóquio é grande.
Yoon foi afastado no mês passado, depois que uma declaração de lei marcial por parte dele levantou suspeitas de golpe entre os membros do Parlamento. Pouco depois da declaração, congressistas votaram pelo impeachment do presidente e o suspenderam de suas funções. A confirmação do impeachment depende, agora, da Corte Constitucional, órgão máximo da Justiça do país.
Blinken, que ainda se reuniu com o presidente interino, Choi Sang-mok, durante a sua viagem disse que, embora Washington tivesse “sérias preocupações” sobre as ações de Yoon, também tinha confiança nas instituições do país e na resiliência democrática.
O teste de míssil desta segunda-feira foi o primeiro de Pyongyang desde 5 de novembro, quando o regime disparou pelo menos sete mísseis balísticos de curto alcance.
Redação / Folhapress