SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – António Oliveira parece ter firmado uma base para o time titular do Corinthians, moldada no trio de meio-campistas, que emplacou na goleada sobre o Argentinos Juniors. No quadro Análise Tática, o repórter André Martins recebeu o influenciador Andrew Souza para debater o esquema e as escolhas do treinador.
Raniele esteve novamente à disposição e completou o meio de campo com Rodrigo Garro e Breno Bidon no jogo da Sul-Americana. O camisa 14, que ficou fora dos dois jogos anteriores, encaixou no setor e teve impacto direto no rendimento da equipe.
Andrew Souza disse que o setor se estabilizou e que António está no caminho de fechar a escalação ideal. Ele analisou as posições, afirmou que há uma lacuna na ponta direita e acrescentou que o torcedor corintiano já tem em mente o onze inicial.
“Eu acho que está no caminho. Mas antes mesmo do jogo contra o Flamengo, que foi um ponto fora da curva, o time já tinha se encontrado. Os jogos contra Fluminense, Fortaleza e Argentinos mostram um caminho. Ainda tem uma ou outra posição ali que dá para se mexer, mas pelo menos o torcedor do Corinthians já tem em mente qual vai ser o onze inicial”, disse Andrew.
O influenciador ponderou que há uma certa dependência da equipe com o trio, que vira preocupação na ausência de algum deles. Sem Raniele, António mexeu no esquema e nas peças para enfrentar o Flamengo, mas não funcionou. O time não teve ligação e sofreu no ataque sem um camisa 9 de ofício.
O meio de campo já está estabilizado com Raniele, Bidon e Garro. O Raniele é um monstro, ele em campo ajuda o Corinthians a ter a bola e dá liberdade para os outros dois jogadores. O problema é a dependência que se criou desses três. Se perder qualquer um deles, fica complicado. Andrew Souza
Andrew também observou que o Corinthians está sendo moldado para jogar em transição, mas frisou que o time precisa ter mais qualidade com a posse. Ele ainda falou sobre a utilização de Paulinho e de Igor Coronado pelo Alvinegro paulista.
“Acho que dá para ser melhor com a bola, mas tem repertório e potencial. A identidade a se abraçar é mesmo essa [de pressão e contra-ataques]. O time do Corinthians é todo moldado para isso, mas tem vários jogadores que tecnicamente não são brilhantes. Então, tem que transpirar um pouco mais, competir um pouco mais”, disse.
Redação / Folhapress