Corinthians teme falta de liderança no elenco e tenta fazer Cássio ficar

SANTOS, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O Corinthians teme pela falta de liderança no elenco e tenta renovar o contrato do capitão Cássio, segundo apurou a reportagem.

O Corinthians entende que Cássio é um grande goleiro, mas a maior preocupação é como repercutiria a sua falta fora do campo. Ele é a grande referência do elenco.

Cássio nunca se esconde dos problemas, fala pelo grupo quando necessário e tem ótima relação com mais jovens. Perdê-lo seria um grande baque.

O time alvinegro crê que Carlos Miguel está pronto para ser titular, porém, quer Cássio nessa transição e até para o caso do mais jovem não se firmar na posição. Contra o Flamengo, por exemplo, Carlos falhou no primeiro gol.

Esses fatores fizeram o Corinthians oficializar uma proposta de renovação de contrato a Cássio por um ano. O atual vínculo termina em dezembro.

A oferta tem moldes contratuais semelhantes aos atuais, sem grande valorização financeira. A diretoria fez essa proposta na última semana.

Cássio tem dúvidas sobre o futuro e está na mira do Cruzeiro. A Raposa está disposta a pagar mais do que o atual salário do Corinthians e oferecer um contrato mais longo. Cássio tem 36 anos e já disse que quer ir pelo menos até os 40.

O goleiro pesa com sua família e representantes o que é melhor para a carreira: continuar onde é ídolo, mesmo que atualmente na reserva, ou respirar novos ares.

O Cruzeiro gostaria de ter Cássio já na próxima janela de transferências, em julho, mas também está disposto a esperar até janeiro de 2025 se for o caso.

O Corinthians fez a proposta e explicou por que quer a permanência do goleiro, mas prometeu não prendê-lo no clube e respeitar sua vontade.

Se Cássio decidir sair, o Corinthians não dificultará uma rescisão contratual e apostará em Matheus Donelli como alternativa a Carlos Miguel.

Cássio diz não ter pressa e continuará à disposição do Corinthians enquanto se decide. Pessoas próximas a ele admitem que a proposta do Cruzeiro o fez balançar, como ocorreu com a do Grêmio no início do ano.

LUCAS MUSETTI PERAZOLLI / Folhapress

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