Corregedoria da Polícia Civil assume investigação da morte de escrivã em MG

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Minas Gerais assumiu o inquérito de apuração da morte da escrivã Rafaela Drumond. A CGPC-MG também será responsável pela investigação disciplinar do caso.

As investigações, que inicialmente apontavam suicídio, estavam sendo conduzidas pela polícia de Barbacena, no Campo das Vertentes, região onde Rafaela trabalhava.

Até então, cabia à Corregedoria apenas a apuração sobre eventuais transgressões disciplinares de servidores da corporação.

Em nota, a Polícia Civil justificou a mudança “devido à complexidade da investigação que apura as circunstâncias da morte”. Reforçou ainda que “as investigações continuarão sendo conduzidas de maneira isenta e imparcial”.

Garantiu também que a “Corregedoria, sediada em Belo Horizonte, apresenta estrutura necessária para dinamizar e concluir os procedimentos instaurados.”

A decisão atende às expectativas da família de Rafaela, que cobra investigação imparcial e sem interferência de agentes que atuavam na região onde a escrivã trabalhava.

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Zuraide Drumond, mãe da policial, implorou a Rosa Weber, ministra do STF (Supremo Tribunal Federal), que a investigação e o julgamento da morte da filha fossem retirados de Carandaí (MG). “aqui [na promotoria de Carandaí] não vai dar em nada”.

RELEMBRE O CASO

Rafaela protocolou uma série de denúncias de assédio moral, sexual, pressão psicológica e sobrecarga no ambiente de trabalho ao Sindep-MG (Sindicato dos Escrivães da Polícia Civil de Minas Gerais) uma semana antes de ser encontrada morta pelos pais, no distrito de Antônio Carlos, no dia 9 de junho.

Áudios em que a vítima detalha episódios de perseguição dentro da instituição, vazados nas redes sociais, motivaram abertura de inquérito para a apuração do caso.

Além disso, em um vídeo divulgado recentemente, Rafaela é xingada de ‘piranha’ e recebe outras ofensas dentro de uma delegacia em Carandaí (MG).

Redação / Folhapress

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