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CPI das Bets rejeita indiciar Virginia Fonseca, Deolane e mais 14

A influencer Vigínia Fonseca depõe na CPI das Bets no Senado Federal| Gabriela Biló/Folhapress
A influencer Vigínia Fonseca depõe na CPI das Bets no Senado Federal| Gabriela Biló/Folhapress

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Bets no Senado rejeitou nesta quinta-feira (12) o relatório final que pedia o indiciamento das influenciadoras Virginia Fonseca e Deolane Bezerra e mais 14 pessoas, incluindo empresários do setor de apostas.

O relatório foi rejeitado por 4 votos a 3 em uma sessão esvaziada, dominada por enorme mal-estar entre os senadores, com insinuações de corrupção, oportunismo, descaso e favorecimento a bets.

O relatório foi entregue por Soraya Thronicke (Podemos-MS) na terça-feira (10). O documento, obrigatório em comissões parlamentares de inquérito, pode apenas sugerir indiciamentos a autoridades, como o Ministério Público Federal.

Viral na Internet com o depoimento midiático de Virginia, em maio, a CPI foi alvo de desinteresse no Senado desde a instalação, em novembro do ano passado, e enfrentou dificuldades para ouvir testemunhas.

Nesta quinta, apenas os senadores Izalci Lucas (PL-DF), Eduardo Girão (Novo-CE), Eduardo Gomes (PL-TO) e Angelo Coronel (PSD-BA) (relator do projeto de regulamentação das bets) estiveram na sessão, além de Soraya e do presidente, Hiran Gonçalves (PP-RR).

Antes da votação, Girão insinuou que a CPI foi prejudicada porque há senadores investigados. A fala causou mal-estar com a relatora e o presidente, que cobrou a divulgação dos nomes. Girão respondeu que os fatos eram públicos.

“Eu queria que vossa excelência, oportunamente, desse nome às pessoas. Porque o senhor diz que tem denúncias de corrupção envolvendo parlamentares, deputados e senadores. Quando o senhor diz assim, o senhor me agride. Eu não aceito isso”, disse Hiran.

Soraya também rebateu o colega dizendo que há uma investigação em curso na Polícia Federal e que, no âmbito do Congresso, as suspeitas dele deveriam ser levadas ao Conselho de Ética. A relatora acrescentou que vai processar todas as pessoas que a caluniaram e difamaram.

“Não é objeto dessa CPI investigar possibilidade ou tentativa de extorsão. Expor as pessoas constantemente aqui, na minha opinião, está sendo ruim porque, até onde eu saiba, isso foi uma bravata, uma mentira, calúnia e difamação. E, sim, eu processarei”, disse.

No fim do ano passado, a PF abriu uma investigação sobre supostos pedidos de propina feitos por um lobista a empresários do setor de apostas esportivas online na mira da CPI. Uma das possíveis vítimas seria ligada ao cantor Gusttavo Lima, segundo apurou a Folha.

O então presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), chegou a conversar com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, pedindo agilidade nas apurações, diante de inúmeras especulações que circulavam nos bastidores.

Em outro episódio constrangedor para a CPI, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), que é membro suplente, viajou para a Europa em um jatinho do empresário Fernando Oliveira Lima, conhecido como Fernandin OIG, dono de uma empresa que disponibiliza o “jogo do tigrinho”.

Em abril, Soraya pediu a prorrogação da CPI até o fim do ano, mas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), concedeu apenas 45 dias —prazo que acaba no sábado (14). Diante da falta de quórum e das trocas de acusações, ela disse preferir encerrar a comissão.

THAÍSA OLIVEIRA / Folhapress

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