RÁDIO AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio

CPI do MST suspende todas as suas reuniões e sessões após reveses

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A cúpula da CPI do MST decidiu suspender, nesta segunda-feira (4), todas as reuniões e audiências do colegiado até que seja apresentado o relatório final sobre os trabalhos realizados.

O movimento ocorre após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso vetar a oitiva de servidores do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral), prevista para esta tarde.

Em um comunicado transmitido pela secretaria da comissão a todos os parlamentares que integram o colegiado, afirma-se que a medida foi tomada pelo presidente da CPI, o deputado federal Zucco (Republicanos-RS), após recentes ações “regimentais e judiciais que inviabilizaram a continuidade das ações” para investigar a “indústria de invasões de terras no Brasil”.

O teor da mensagem causou estranhamento entre parlamentares e assessores de esquerda, já que foi disparada pela secretaria da CPI do MST e, em tese, não deveria emitir juízo de valor sobre o movimento.

Com a decisão, foram cancelados os depoimentos de Marco Antônio Baratto Ribeiro da Silva, dirigente do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) no Distrito Federal, e de uma ex-conselheira da Cooperativa de Crédito Rural Horizontes Novos de Novo Sarandi, previstos para terça-feira (5).

A expectativa é que o relatório da CPI, que será elaborado pelo deputado federal Ricardo Salles (PL-SP), venha a público até a próxima quinta-feira (14), quando se encerra o prazo para a sua apresentação.

Ao vetar os depoimentos de servidores de Alagoas nesta segunda-feira, o ministro Luís Roberto Barroso citou uma decisão anterior da corte que vetou a interferência de CPIs federais em assembleias estaduais.

A decisão do magistrado se deu no âmbito de uma medida cautelar apresentada pela Assembleia Legislativa de Alagoas, que apontou que os deputados federais estariam “ultrapassando os limites objetivos da apuração” e “violando o princípio federativo” ao ampliar suas investigações para esferas que são de competência dos estados.

Esta foi mais uma derrota para a CPI do MST. No mês passado, por pressão do governo Lula e do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), líderes de União Brasil, PP e Republicanos mudaram seus indicados à comissão, trocando opositores por deputados mais maleáveis ao Executivo.

BIANKA VIEIRA / Folhapress

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS