Criança de 9 anos mata 23 animais em hospital veterinário no Paraná, diz polícia

PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – Uma criança de nove anos invadiu um hospital veterinário e matou 23 animais em Nova Fátima, no Paraná, neste domingo (13), segundo a Polícia Civil do estado.

Imagens de câmeras de segurança flagraram o menino entrando no local pulando o muro com a ajuda de uma cadeira e caminhando no pátio acompanhado de um cachorro, ainda segundo as forças policiais. No local havia casinhas que abrigavam os bichos.

Os animais, 20 coelhos e três porquinhos-da-índia, foram mortos com chutes e arremessados contra uma parede.

A PM-PR (Polícia Militar do Paraná) foi acionada pela proprietária do hospital veterinário, que havia encontrado ao menos 15 coelhos mortos no local e outros animais com sinais de maus-tratos e soltos.

O menino foi identificado nas filmagens pois estava no local no sábado (12), participando de uma festa de Dia das Crianças promovida pelo hospital veterinário. A Vila Pet, fazendinha do hospital destinada a animais de pequeno porte, havia sido inaugurada naquele dia.

O menino não teria histórico de comportamento violento registrado.

A Polícia Civil do Paraná foi até a casa da família e registrou boletim de ocorrência. Segundo a corporação, como uma criança de 9 anos é a autora, não há consequências criminais. O caso também é acompanhado pelo Conselho Tutelar do município. Procurado pela reportagem, o órgão ainda não deu retorno à reportagem.

De acordo com a Constituição Federal, menores de 18 anos que cometem um crime previsto no Código Penal brasileiro são inimputáveis penalmente.

Crianças com até 12 anos incompletos podem receber medidas protetivas e atendimento familiar e psicológico.

Já menores com idade superior a 12 anos, considerados adolescentes como previsto no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), podem ser penalizadas com medidas socioeducativas.

Entretanto, não respondem criminalmente e sim por ato infracional, termo jurídico que define um ato análogo a um crime.

CARLOS VILLELA / Folhapress

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