SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SP (FOLHAPRESS) – Três homens assaltaram uma empresa de exportação no interior de São Paulo e levaram 2,7 quilos de cálculo biliar bovino, também conhecido como pedra de fel, avaliado em R$ 2 milhões, segundo a Delegacia de Investigações Gerais de Barretos.
O cálculo biliar bovino é extraído do animal após o abate e é usado na medicina oriental para tratar doenças respiratórias. Por não ser um produto fácil de ser encontrado, seu valor é alto.
O roubo aconteceu na manhã de terça-feira (19), na rodovia Brigadeiro Faria Lima (SP-326), em Barretos (423 km de São Paulo).
Segundo a Polícia Civil, cinco funcionários da exportadora estavam em um carro blindado, em direção a Minas Gerais, e foram parados por outro veículo enquanto passavam sob o viaduto José Sebastião Domingos. Dois dos criminosos estavam armados, informou a polícia.
“O veículo em que estavam os criminosos fechou o carro da exportadora e conseguiu fazer a abordagem porque um dos funcionários estava fumando, com o vidro abaixado”, afirma o delegado Daniel do Prado Gonçalves.
Dois assaltantes entraram no carro e obrigaram o motorista a dirigir até um canavial, onde as vítimas foram amarradas. Duas delas eram empresários chineses que foram ao interior paulista para avaliar as pedras.
O bando levou as pedras, aparelhos celulares e cerca de R$ 2.000 em dinheiro.
Uma das vítimas tinha um canivete e conseguiu se soltar e soltar as demais. O carro em que elas estavam também foi abandonado no canavial e elas conseguiram ir até uma delegacia.
Por ter alto valor comercial, empresas que trabalham com a comercialização da pedra de fel costumam fazer o transporte do produto por meio de companhias de transporte de valores.
“Por ser um roubo de um material muito específico, acreditamos que se trata de uma quadrilha especializada que já sabe para quem vai vender o produto no mercado clandestino”, diz o delegado.
Até a tarde desta quinta-feira (21) ninguém havia sido preso.
“Como a região de Barretos tem muitos frigoríficos, registramos ao menos uma vez por ano o roubo desse tipo de material”, diz Gonçalves.
SIMONE MACHADO / Folhapress