SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A cúpula da segurança pública no estado de São Paulo acredita que o assassinato de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach no aeroporto de Guarulhos está relacionado diretamente a disputas de poder na cúpula do PCC (Primeiro Comando da Capital).
A guerra na organização se intensificou desde o assassinato de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, em fevereiro de 2018. O acusado de ser o mandante é Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, braço direito do líder maior da organização, Marcos Camacho, o Marcola.
Marcola em seguida teria dado aval para que Gritzbach, empresário com experiência na venda de imóveis e na operação de moedas digitais, fosse abordado pela cúpula da organização em 2021 para lavar R$ 400 milhões da facção.
Acusado de ter desviado R$ 40 milhões, chegou a ser condenado por um “tribunal do crime”, mas conseguiu convencer o PCC a poupar sua vida para reaver o dinheiro, atribuindo o prejuízo a movimentos normais de mercado de bitcoins.
Ele é suspeito de ter mandado matar Anselmo Fausta, o Cara Preta, que o contratou para lavar o dinheiro. Desde então, era jurado de morte pela facção.
FÁBIO ZANINI / Folhapress