RIBEIRÃO PRETO, SP (FOLHAPRESS) – O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), 61, foi reeleito neste domingo (6) no primeiro turno das eleições municipais.
Para chegar à vitória na cidade mais populosa do interior paulista, Dário montou uma coligação ampla, com 12 legendas (Republicanos, PSB, PL, PSD, Podemos, PP, MDB, Solidariedade, Avante, PRTB, DC e PRB), ante os cinco da eleição de 2020, e superou quatro adversários, três dos quais já tinham disputado a prefeitura com ele quatro anos atrás.
Com 89% das urnas apuradas, Dário tinha 66,4% dos votos válidos e não poderia ser alcançado pelos adversários, de acordo com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O segundo mais bem votado foi o também médico Pedro Tourinho (PT), 42, com 23,37% dos votos, seguido pelo deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania), 43, com 8,2%
Natural de Pedregulho (a 437 km de São Paulo) e médico urologista de formação, Dário foi vereador por quatro mandatos entre 1996 e 2012 e presidiu a Câmara entre 2005 e 2006. Também foi secretário do Esportes no governo de Jonas Donizette (PSB), antes de ser eleito prefeito em 2020, e foi presidente do hospital Mário Gatti.
A vitória logo no turno inicial ocorreu em meio a uma decisão da Justiça Eleitoral que determinou, no último dia 19, a cassação do registro de sua candidatura, após ação protocolada pela coligação “Mudança de Verdade” (PT, PC do B, PV, PSOL e Rede), de Tourinho.
A Justiça considerou que houve abuso de poder político por parte de Saadi durante a campanha eleitoral. O candidato à reeleição teria gravado vídeos dentro de equipamentos públicos que ele teria tido acesso por ser prefeito, contrariando a isonomia entre candidatos ao pleito.
Dário recorreu e seguiu com a campanha normalmente, até que o caso seja analisado por instâncias superiores. Para sua campanha, ele estava “sendo vítima de um abuso da disputa eleitoral”.
PROPOSTAS
Na sabatina Folha/UOL, o prefeito reeleito afirmou que o número de moradores de rua na cidade se deve, em parte, a governos de outros municípios próximos que levam essas pessoas para Campinas e defende as medidas de sua gestão para retornar essas pessoas às suas cidades de origem.
“A grande maioria dessas pessoas de outras cidades não vieram a Campinas por vontade própria, foram colocadas em carros e trazidas aqui. A partir dessa confirmação a gente aciona a Justiça”, disse.
Ele também defendeu sua atuação na área do transporte público, ao afirmar que reajustou o preço da passagem somente em duas das quatro oportunidades em seu primeiro mandato e que colocou em funcionamento o BRT (linha de ônibus expresso).
Também disputaram a eleição em Campinas neste ano o empresário Wilson Matos (Novo), 46, que recebeu 1,84% dos votos e também já tinha participado da eleição de 2020, e a aposentada Angelina Dias (PCO), 68, com 0,19%.
MARCELO TOLEDO / Folhapress