Defesa Civil confirma mais uma morte e tragédia do RS já totaliza 163 óbitos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou no boletim das 9h desta quinta-feira (23) mais uma morte pelas fortes chuvas no estado, totalizando 163 óbitos. O número pode aumentar nos próximos dias, já que ainda há 64 desaparecidos. São 806 feridos.

No total, 468 municípios foram afetados, sendo que 65.762 pessoas continuam desabrigadas e 581.643 foram desalojadas.

Conforme o governo gaúcho, 82.666 pessoas foram resgatadas.

O nível do lago Guaíba, em Porto Alegre, continua abaixo dos 4 metros, mas teve novo repique devido às chuvas desta quinta-feira na região. A cota de inundação é de 3 metros.

De acordo com o IPH (Instituto de Pesquisas Hidráulicas) da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), a principal preocupação do momento é sobre a manutenção do nível elevado devido à possibilidade de chuvas e ao efeito do vento.

O nível mais alto foi atingido no dia 5 de maio, com 5,33 metros e a capital do Rio Grande do Sul lida com os impactos da inundação que afetou comércio, indústria, serviços e moradias.

Após a enchente histórica, a prefeitura realiza mutirão para limpar as ruas que não estão mais inundadas. Também é realizada a raspagem de lodo acumulado e varrição. A operação envolve 800 garis, 168 caminhões e 30 retroescavadeiras.

Na rede estadual de ensino, 1.063 escolas foram afetadas em 250 municípios. Foram 379.614 estudantes impactados. No total, 572 escoladas foram danificadas e 60 estão servindo de abrigo para os moradores que perderam suas casas em meio a uma catástrofe climática sem precedentes no estado.

Segundo a Defesa Civil, 1.880 escolas já retornaram às aulas. Outras 458 ainda não voltaram e 268 delas ainda não têm data prevista. Devido ao repique no lago Guaíba, as aulas foram novamente suspensas em Porto Alegre.

*

SITUAÇÃO NO RS APÓS AS CHUVAS

163 mortes

74 desaparecidos

806 feridos

65.762 desabrigados (quem teve a casa destruída e precisa de abrigo do poder público)

581.643 desalojados (quem teve que deixar sua casa, temporária ou definitivamente, e não precisa necessariamente de um abrigo público –pode ter ido para casa de parentes, por exemplo)

2.342.460 pessoas afetadas no estado

FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress

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