SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Sports Illustrated, uma das mais tradicionais revistas esportivas dos Estados Unidos, criada em 1954, planeja demitir grande parte dos seus funcionários após o contrato que permite sua publicação ter sido cancelado por falta de um pagamento de US$ 3,75 milhões (R$ 18,5 milhões).
Segundo o New York Times, repórteres e editores participaram de uma conferência por Zoom na última sexta-feira (19). Jay Frankl, novo chefe executivo da Arena Group, publisher da revista e de seu site, disse que a Sports Illustrated continuaria produzindo conteúdo online até que a situação fosse resolvida.
Funcionários da empresa receberam mensagens com avisos de demissão logo depois, enquanto outros foram informados de que continuariam empregados por pelo menos mais 90 dias. A Sports Illustrated tem cerca de 100 jornalistas contratados.
Por um acordo firmado em 2019, a Arena Group se comprometeu a fazer os pagamentos à Authentic Brand Goup, dona da marca Sports Illustrated, para operar e publicar a revista em formatos impresso e digital nos Estados Unidos, Canadá e México.
O sindicato da categoria publicou em redes sociais que possivelmente todos os funcionários da Sports Illustrated serão demitidos. O Arena Group não se pronunciou sobre isso até o momento.
No final de 2021, o Arena Group tinha cerca de 400 colaboradores, de acordo com um documento regulatório feito junto à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA em março de 2023. A compahia espera levantar de US$ 5 milhões (R$ 24,7 milhões) a US$ 7 milhões (R$ 34,5 milhões) para um processo de reestruturação. Não está claro como isso vai acontecer.
O número de jornalistas contratados pela Sports Illustrated tem diminuído nos últimos dez anos. A revista, que antes era publicada semanalmente, passou a ser distribuída uma vez por mês.
A notícia de demissões e a incerteza quanto ao futuro da publicação acontecem apesar do crescimento digital. Ainda de acordo com o New York Times, o site da revista teve mais de 50 milhões de visitantes em dezembro do ano passado, um crescimento 100% superior ao registrado no mesmo período em 2019.
Redação / Folhapress